SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Infarto agudo do miocárdio simultâneo à acidente vascular encefálico isquêmico: Associação rara e de difícil manejo clínico.

Afonso Dalmazio Souza Mario, Arthur Cicupira de Assis, Gabriela da Silva Scopel, Felipe Reinaldo Santos, Tatiana de Carvalho Andreucci Torres Leal, Paulo Rogério Soares, Alexandre de Matos Soeiro
Unidade Clinica de Emergência - InCor - HCFMUSP - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) e o acidente vascular encefálico (AVE) são responsáveis por grande morbimortalidade e mantém as doenças cardiovasculares como principal causa de morte no mundo. Sua ocorrência simultânea é incomum e de difícil manejo por envolver decisões clínicas imediatas e muitas vezes distintas. Relato de caso: Paciente de 47 anos, sexo masculino, compareceu ao setor de emergência devido à dor torácica há 1 hora e quadro de disartria e paralisia facial central à direita há 8 horas. Apresentava estabilidade hemodinâmica e déficits neurológicos focais foram confirmados ao exame físico através da escala de NIHSS de 7. Eletrocardiograma apresentava bloqueio de ramo direito com supradesnivelamento de segmento ST em parede anterior. Dessa forma, foi submetido, imediatamente, à tomografia computadorizada de crânio sem contraste, que não mostrou áreas de sangramentos,  e avaliação de equipe de neurologia que contraindicou a trombólise devido ao tempo de evolução. Após avaliação, foi submetido à angioplastia primária com stent da artéria descendente anterior que se encontrava ocluída em seu terço médio. Evoluiu sem intercorrências e recebeu alta hospitalar com melhora parcial dos déficits neurológicos. Discussão: A ocorrência de IAM e AVE de forma simultânea é extremamente rara e a definição imediata da conduta apropriada para cada caso interfere de forma direta nos desfechos de mortalidade e sobrevida sem sequelas de cada patologia. A participação de equipes especializadas de maneira conjunta e em centros terciários, quando disponível, é fundamental para definir a melhor estratégia de tratamento, seja intervencionista ou farmacológica de forma individualizada. No caso em questão, o fato de o AVE já possuir 8 horas de evolução facilitou a conduta clínica e sua priorização no tratamento do IAM. Conclusão: A ocorrência de IAM e AVE simultâneos é incomum, mas pode ocorrer. A avaliação conjunta imediata das equipes de neurologia e cardiologia é fundamental para a melhor condução deste raro caso e garantir o desfecho favorável.

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

41º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo