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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

MODULAÇÃO AUTONÔMICA CARDÍACA PODE SOFRER INFLUÊNCIA DO PESO AO NASCIMENTO EM RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS?

João Pedro Lucas Neves Silva, Gláucia Siqueira Carvalho Barreto, Dyovana Gomes Pinheiro, Denise Brugnoli Balbi Dagostinho, Lorena Altafin Santos, Mariana de Oliveira Cruz, Marcelo Veloso, Luiz Carlos Marques Vanderlei
FCT UNESP - Presidente Prudente - São Paulo - Brasil

Introdução: Recém-nascidos prematuros (RNPT) apresentam diversas alterações, dentre elas as que afetam o sistema nervoso autônomo (SNA), o qual é ainda imaturo nesses indivíduos. Esse sistema pode ser avaliado pela variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e sua avaliação em RNPT é relevante. Contudo, a literatura é incipiente quanto à análise de características em RNPT que possam influenciar o SNA. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo foi investigar se o peso corporal ao nascimento influencia a modulação autonômica cardíaca, utilizando índices geométricos de VFC, em RNPT. Métodos: 34 RNPT com Apgar do quinto minuto ≥ 7, idade gestacional entre 23 e 36 semanas e independente do sexo, foram divididos em dois grupos considerando a mediana do peso corporal ao nascimento (Abaixo da mediana - n=17; 1628,82±328,57 g; Acima - n=17; 2241,17±255,45 g). Para análise da VFC a frequência cardíaca foi captada batimento a batimento por um cardiofrequêncímetro com os RNPT em decúbito dorsal por 10 min e da série de intervalos RR obtida foram selecionados 1000 intervalos consecutivos, os quais foram utilizados após filtragem para cálculo dos índice triangular (RRtri), interpolação triangular dos intervalos RR (TINN) e os índices SD1, SD2 e relação SD2/SD1 obtidos pelo plot de Poincaré. Para análise dos dados inicialmente foi verificada a sua normalidade (teste de Shapiro-Wilk) e a comparação entre os grupos foi feita pelo teste t de Student independente ou Teste de Mann-Whitney, dependendo da normalidade dos dados, com nível de significância de 5%. Resultados: Em RNPT de menor peso, foram observadas reduções significativas dos índices RRtri (5,00±1,40 vs. 6,77±1,92; p=0,0044), TINN (80,41±25,54 vs. 112,2±26,21; p=0,002), SD1 (3,27±1,09 vs. 5,1±1,54; p=0,0004) e SD2 (25,07±7,86 vs. 39,03±12,59; p=0,0011). A relação SD2/SD1 não apresentou diferenças significantes entre os grupos (8,12±3,11 vs. 8,27±4,00; p= 0,9451). Conclusões: Os resultados sugerem que RNPT de menor peso apresentam maiores alterações no SNA, caracterizadas por diminuição da variabilidade global e modulação parassimpática e que essas alterações podem ser identificadas por índices geométricos de VFC.

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