Introdução
A fibrilação atrial (FA) é uma arritmia frequente no pós-operatório de cirurgia cardíaca. É conhecido que alguns fatores de risco estão correlacionados com o seu aparecimento neste contexto.
Objetivos
Avaliar o perfil dos pacientes que desenvolvem FA no pós-operatório (FAPO) de cirurgia cardíaca.
Metodologia
Estudo observacional, transversal, envolvendo 50 pacientes consecutivos submetidos a cirurgia cardíaca em hospital terciário de março de 2018 à janeiro de 2019.
Os dados clínicos e epidemiológicos eram coletados a partir do prontuário e organizados em um banco de dados, A análise estatística foi realizada pelo programa estatístico SPSS 24.0 (IBM Inc, Chicago, IL).
Resutados
Foram avaliados 50 pacientes consecutivos com média de idade de 62.1±13.6 anos. A cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) isolada foi a mais frequente, realizada em 46% dos casos, seguida da troca valvar mitral (TVM) em 28%, trova valvar aórtica (TVAO) em 12%, CRM+TVM em 4%, CRM+TVAO em 4%, TVAO+TVM em 4% e CRM+TVM+TVAO em 2%.
A incidência de FAPO na população estudada foi de 28%. Dentre os pacientes que desenvolveram FAPO, a idade média foi 67.57±9.37 (a idade média dos pacientes que não apresentaram foi 60.06±14.59) e o sexo feminino foi observado em 57.1%. A FAPO ocorreu em 28,6% dos casos de CRM e em 57.1% nas cirurgias valvares (p=0,06). Já em relação ao tipo de cirurgia valvar, foi observado a presença de FAPO em 42,9% das TVM, 14.3% nas TVAO, 7.1% na intervenção conjunta entre CRM+TVM e 7,1% na associação entre CRM+TVAO. Em 96% das cirurgias foram com circulação extracorpórea (CEC).
As tabela 1 demonstra o perfil clinico dos pacientes envolvidos no estudo.
Conclusão
A incidência de FAPO no presente estudo esteve dentro média descrita na literatura. Os pacientes que apresentam FAPO possuem idade mais avançada e apresentavam uma alta frequência de hipertensos.