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Síndrome de Wellens e bloqueio de ramo esquerdo intermitente: relato de caso

Jéssica de Andrade, Jéssica de Andrade, Daniela Rodrigues Carnaval, Igor Alessi, Bárbara Rehme, Flávia Thais Davilla, Fabricio Berbert Moitinho
Hospital Santa Casa de Misericórdia de Curitiba - Curitiba - Paraná - Brasil

Introdução: A síndrome de wellens caracteriza-se no eletrocardiograma (ECG) por: padrão de ondas T anormais nas derivações precordiais, invertidas ou bifásicas; Segmento ST isoelétrico ou minimamente elevado, sem onda Q e progressão da onda R precordial preservada, além de angina, padrão do ECG em estado sem dor e marcadores cardíacos normais ou pouco elevados. A síndrome de wellens com bloqueio de ramo esquerdo (BRE) intermitente possui pouco relato na literatura, sendo o motivo deste trabalho. 

Relato do caso: Masculino, 49 anos, sem comorbidades, ex tabagista, na admissão hospitalar refere dor torácica típica com início há 30 minutos e dispneia associada. O ECG da entrada hospitalar mostrou ritmo sinusal e BRE(figura 1).  Foram realizadas medidas para síndrome coronariana aguda. O paciente manteve dor torácica, foi realizado novo ECG(figura 2), este com ritmo sinusal e síndrome de Wellens. Ao monitor cardíaco, ocorreu variação intermitente entre BRE e síndrome de wellens. Realizado cineangiocoronariografia, que evidenciou artéria DA sem lesões obstrutivas, mas com fluxo acentuadamente lentificado; demais coronárias normais. Troponina negativa. Após o exame, paciente melhora a dor torácica, ECG realizado com padrão de síndrome de wellens. Realizou ecocardiograma transtorácico que mostrou: fração de ejeção de 61%, hipocinesia anterior (apical). Paciente evoluiu estável e recebeu alta dias após.

        

Figura 1.                                                                          Figura 2. 

Discussão: Acredita-se que a seguinte sequência de eventos ocorra em pacientes com síndrome de Wellens: oclusão súbita da artéria DA, por trombo ou vasoespasmo, gerando infarto agudo do miocárdio anterior transitório, com dor torácica associada. Após, ocorre Reperfusão da artéria DA, então a dor se resolve e ondas T tornam-se bifásicas ou invertidas. O paciente supracitado possuiu alternância de bloqueio de ramo esquerdo novo e síndrome de Wellens, tendo alteração dinâmica no ECG, o que se acredita ser padrão de isquemia alternando com síndrome de Wellens. A cineangiocoronariografia evidenciou sinais de recanalização em região de DA, o que se supõe que a recanalização pode ter ocorrido devido a medidas realizadas na unidade de pronto atendimento e a chegada precoce do paciente ao hospital.

Conclusão: Reconhecer a síndrome de Wellens no ECG e critérios de cateterismo de emergência, como bloqueio de ramo esquerdo novo e alteração dinâmica, é de suma importância no diagnóstico precoce e prognóstico favorável para o paciente.

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