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Acidente Vascular Encefálico de Acordo com o Gênero e Faixa Etária em Pacientes Atendidos pelo Sistema Único de Saúde no Período de 2009 a 2018

Machado LO, Nascimento GG, Martins MER, Machado MN, Nakazone MA, Maia LN, Pinotti JDB
Faculdade Ceres - FACERES - São José do Rio Preto - São Paulo - Brasil, FACULDADE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP - - SP - BRASIL

Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) tem alta prevalência, produz altas taxas de incapacidade funcional e tem mortalidade elevada, sendo uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo.

Objetivos: Avaliar informações de acordo com o gênero e faixa etária em pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com diagnóstico de AVE utilizando informações recuperadas no site de domínio público do Departamento de Informática do SUS – DATASUS (www2.datasus.gov.br/DATASUS). 

Pacientes e Métodos: Utilizando o site do DATASUS, recuperamos informações sobre o número e valor total das internações (em Reais), média de permanência, número total de óbitos e taxa de mortalidade de todos os pacientes atendidos pelo SUS em um intervalo de 10 anos (janeiro de 2009 a dezembro de 2018). As informações foram divididas de acordo com o gênero (masculino e feminino) e em 7 estratos de faixa etária (20 a < 30 anos; 30 a < 40 anos; 40 a < 50 anos; 50 a < 60 anos; 60 a < 70 anos; 70 a < 80 anos e ≥ 80 anos).

Resultados: Nestes 10 anos houve 1.350.009 internações por AVE no Brasil sendo 699.397 homens (51,8%) e 650.612 mulheres (48,2%) com gastos de mais de 2 bilhões de reais em valores corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA). A média de permanência hospitalar foi de 7,5 dias. A mortalidade global foi de 16,2% ficando abaixo de 10% apenas entre os indivíduos na faixa etária de 20 a < 30 anos (9,3%) e atingido seu maior valor naqueles com 80 anos ou mais (22,9%). Apesar do crescimento populacional de 7,0% nestes 10 anos (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), houve um aumento de 43% nas internações por AVE no Brasil no mesmo período. Houve queda temporal da mortalidade de 13% para homens (2009 [16,9%] – 2018 [14,8%]; P < 0,001) e de 11% para mulheres (2009 [17,5%] – 2018 [15,6%]; P < 0,001) sendo a mortalidade feminina 3,4% a 5,9% maior que a masculina nesse período. Na faixa etária dos 20 a < 50 anos, a mortalidade feminina foi de 11,7% a 20,1% menor que a masculina (P < 0,001), entre 50 a < 60 anos não houve diferença estatística na mortalidade (12,8% vs 12,9%; P = 0,605) e à partir dos 60 anos, a mortalidade feminina foi de 4,8% a 5,5% maior que a masculina (P < 0,001).

Conclusão: Na população brasileira atendida pelo Sistema Único de Saúde no período de 2009 a 2018, houve queda temporal significativa na mortalidade tanto de homens quanto de mulheres. As mulheres mais jovens (< 50 anos) tiveram mortalidade menor que os homens enquanto nas mais velhas (≥ 60 anos) a mortalidade foi cerca de 5% maior que a masculina.

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