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PERDA TRANSITÓRIA DA CONSCIÊNCIA E SÍNCOPE: ANÁLISE DO PERFIL DE PACIENTES INTERNADOS EM HOSPITAL PRIVADO E PROPOSTA DE ALGORITMO DE ABORDAGEM.

Giorgio Marinaro, Marina Passos Pizzitola, Gabriela Vincenzi de Souza, Camilla Toledo Fonzar, Ana Carolina R. Pégolo, Iza Andrade A. Souza, Nayara M. Carvalho, Lais G. Yokota, Ricardo Carneiro Amarante
Hospital Edmundo Vasconcelos - São Paulo - São Paulo - Brasil

Introdução: O quadro de síncope é um desafio médico no pronto-atendimento, sobretudo para avaliação do risco de etiologia cardíaca e desfechos desfavoráveis. Objetivo: Avaliação do perfil de pacientes com diagnóstico de síncope internados em um hospital privado, além de estratificar o risco inicial de etiologia cardíaca e propor um modelo de abordagem no departamento de emergência. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo e observacional. A coleta de dados se deu via prontuário eletrônico, selecionando pacientes com síncope internados com a equipe da Cardiologia entre janeiro de 2015 e novembro de 2019. Os pacientes foram estratificados precocemente no pronto-atendimento quanto ao risco de gravidade do quadro sincopal. Para tal avaliação, foi utilizada a diretriz da Sociedade Europeia de Cardiologia.2018 ESC Guidelines for the diagnosis and management of syncope (ESC 2018). Por fim, avaliou-se se há associação entre o risco estratificado e o diagnóstico de síncope de etiologia cardíaca.  Análise estatística: As variáveis numéricas foram representadas em média, mediana e desvio padrão. As associações se deram por meio do teste qui-quadrado com valor p-calculado por método de simulações Monte-Carlo (Hope, 1968) quando envolvendo somente variáveis categóricas; e one-way ANOVA para variáveis intervalares. Resultados: A amostra foi composta por 64 pacientes, com média de idade de 63 anos, discreta predominância do sexo masculino e alta prevalência de doença arterial vascular prévia estabelecida (Tabela 1). Quanto a etiologia da síncope, houve alta porcentagem de síncope cardíaca (46,8%), sendo dessas a maior parte causada por bradiarritmias (Figura 1). A estratificação de risco inicial apontou para alta taxa de pacientes com risco alto (Figura 2) . Houve relação significativa entre síncope cardíaca e pacientes classificados em risco alto ou intermediário (Figura 3); sendo a sensibilidade e especificidade desta ferramenta em 100 e 20,6%, respectivamente. Confere-se então alto valor preditivo negativo para se afastar o diagnóstico de síncope cardíaca no departamento de emergência. Conclusão: Demonstrou-se boa aplicabilidade da diretriz de síncope da ESC 2018; sendo essencial para afastar síncope cardíaca ou aquelas com piores desfechos em pronto-atendimento. O presente estudo elaborou um fluxograma adaptado como ferramenta complementar ao raciocínio médico (Figura 4).

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