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Prevalência de fragilidade em pacientes com indicação de cirurgia cardíaca valvar: comparação de diferentes instrumentos de avaliação

Gabriela Harada, Monique Carvalho Andrade, Julia Nobrega Brito, Caio de Assis Moura Tavares, Flavio Tarasoutchi, Pablo Maria Alberto Pomerantzeff, Luiz Aparecido Bortolotto, Maria Ignez Zanetti Feltrim
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: Com o envelhecimento da população houve significativoaumento de procedimentos cirúrgicos valvares, especialmente na faixa etária geriátrica. A presença de fragilidade impacta negativamente nos desfechos com aumento de morbidade, tempo de internação em terapia intensiva e ventilação mecânica, acidente vascular encefálico e mortalidade. No entanto, a avaliação pré-operatória de fragilidade não faz parte das principais escalas de risco, além de não haver consenso sobre qual o mais indicado instrumento de avaliação.

Objetivo: Avaliar a prevalência de pacientes frágeis por meio de diferentes instrumentos no pré-operatório de cirurgia cardíaca valvar eletiva em hospital cardiológico terciário.

Métodos: Coorte transversal realizada entre março e novembro 2018, com adultos clinicamente estáveis aguardando cirurgia cardíaca valvar. Utilizou-se quatro instrumentos para avaliação de fragilidade: Short Physical Performance Battery (SPPB), Frailty Deficit Index (FDI), força de preensão palmar com dinamômetro hidráulico e velocidade de marcha. O nível de significância atribuído foi p<0,05 e os resultados estão apresentados em médias ± desvio padrão, porcentagens ou mediana e intervalos interquartis, conforme apropriado.

Resultados: Incluídos 258 pacientes,média de 59 anos, com 57 (22%) 70 anos. Fragilidade esteve presente em 32,9% do total da amostra de acordo com o SPPB, 29,1% pela força de preensão palmar, 31% quando usada velocidade de marcha e 8,9% pelo FDI. A população frágil era predominantemente70 anos (29.4% x 18.5%; p=0,047), feminina (80% x 47%; p=0,000), com dupla lesão aórtica, pior classe funcional e mais da metade possuía cirurgia cardíaca prévia (56,5% x 33%; p=0,000). Força muscular esteve reduzida principalmente no grupo70 anos (26,7 x 23,6; p=0,051). O grupo mais jovem, entretanto, apresentou menor velocidade de marcha em comparação aos idosos. O SPPB apresentou forte correlação com a velocidade de marcha (r -0,805 p< 0,000), mas fraca correlação com força muscular e FDI.

Conclusão: Fragilidadeapresentoualtaprevalênciaempacientesaguardandocirurgiacardíacavalvar, inclusive em pacientes jovens. Idosos, gênero feminino e múltiplascomorbidadespredominaram entre os frágeis. O SPPB mostrou melhor associação na avaliação de fragilidade, em comparação com força muscular e FDI.

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