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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Influência da Idade Sobre o Perfil Lipídico e de Apolipoproteínas em Jovens e Idosos Fisicamente Ativos

Pedro Gabriel Senger Braga, Thauany Martins Tavoni, Vitor Giovinazzo Rodrigues, Anderson Fonseca Aoki, Gislene Amirato Rocha, André Luis Lacerda Bachi, Mauro Walter Vaisberg, Raul Cavalcante Maranhão
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: A doença cardiovascular aterosclerótica (DCV) é a principal causa de morte no mundo e atinge ambos os sexos. O número de eventos por causa cardiovascular é maior em idosos, sendo necessário maior engajamento em programas de prevenção para fatores de risco modificáveis, tais como cessação do tabagismo e o aumento do nível de atividade física. Indivíduos fisicamente ativos apresentam menor risco para o desenvolvimento da DCV devido ao efeito da atividade física no aumento do HDL-C e no controle do Não HDL-C, LDL-C, IMC e circunferência abdominal. Adicionalmente, esses efeitos se estendem as apolipoproteínas (apos) A-I e B, principais proteínas da HDL e da LDL, respectivamente. Além do colesterol, está bem estabelecida a associação positiva entre valores de triglicerídeos (TG) séricos e incidência de DCV. A atividade física promove a diminuição dos níveis de TG e aumento do HDL-C, mostrando dose-resposta. No entanto, não existem evidências se o efeito permanece nas mesmas proporções em diferentes faixas etárias. Objetivo: Comparar o perfil lipídico e as apos de jovens e idosos fisicamente ativos pareados pelo sexo e IMC. Métodos: Foram selecionados 19 jovens (20–35 anos) e 19 idosos (≥ 60 anos) pareados pelo IMC, sexo e nível de atividade física (ao menos 150 minutos de atividade física na última semana) conforme o IPAQ versão curta (International Physical Activity Questionnaire). O Colesterol total, HDL-C e TG foram dosados em soro pelo método colorimétrico enzimático. As apo A-I e apo B também foram dosadas em soro pelo método de imunonefelometria. A LDL-C e o Não-HDL-C foram calculados. Os critério de exclusão foram: tabagismo, uso de medicações hipolipemiantes e hipoglicemiantes. Além disso, também foram excluídos aqueles que mencionaram ser vegetarianos ou veganos e aqueles que reportaram ser “Muito Ativos” pela classificação do IPAQ. Resultado: Os jovens (10 homens e 9 mulheres, 28±4 anos, IMC 23,6±3,9 kg/m²) e os idosos (10 mulheres e 9 homens, 68±6 anos, IMC 24,9±2,9 kg/m²) não diferiram no que tange a circunferência do quadril, Colesterol total, HDL-C e apo A-I. No entanto, os valores da circunferência abdominal (p=0,0128), relação cintura-quadril (p=0,0001), LDL-C (p=0,0367), não-HDL-C (p=0,0187), TG (p=0,0396) e apo B (p=0,0203) foram maiores nos idosos. Conclusão: Idosos que mantêm IMC normal e atividade física regular tem os níveis de TG, LDL-C, não-HDL-C e apo B estão elevados, conferindo maior risco cardiovascular. No entanto, o Colesterol total, HDL-C e a apo A-I mantiveram-se iguais aos dos jovens.

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