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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Efeitos do exercício resistido sobre a capacidade funcional e o músculo sóleo de ratos infartados

SOUZA, LM, GOMES, MJ, PAGAN, LU, RODRIGUES, EA, PONTES, THD, Fernandes, AAH, Murata, GM, ZORNOFF, LAM, OKOSHI, K, OKOSHI, MP
UNESP, Faculdade de Medicina, Câmpus Botucatu - Botucatu - SP - Brasil, UNESP, Instituto de Biociências, Câmpus Botucatu - Botucatu - SP - Brasil, ICB - USP - Instituto de Ciências Biomédicas - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: A prática de exercício físico resistido (ER) proporciona diversos benefícios para indivíduos saudáveis. Recentemente, foi observado que o ER também é seguro e benéfico para pacientes cardiopatas. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do ER sobre a capacidade física, a remodelação cardíaca, e variáveis moleculares e bioquímicas do músculo sóleo de ratos com infarto do miocárdio (IM). Métodos: Três meses após IM ou cirurgia simulada, ratos Wistar foram divididos nos grupos Sham (n=14), IM sedentário (IM-Sed, n=13), e IM submetido a ER (IM-R, n=14). O ER foi realizado em escada, 3x/semana, por três meses. A capacidade funcional foi avaliada pelo teste de carga máxima e pelo teste de tolerância ao exercício em esteira. Ecocardiograma foi realizado ao final do estudo. A atividade máxima de enzimas metabólicas e de enzimas antioxidantes foi quantificada no músculo sóleo por espectrofotometria. Marcadores do estresse oxidativo foram analisados no músculo sóleo (hidroperóxido de lipídio) ou no soro (malondialdeído e carbonilação de proteínas). A expressão de proteínas da via do fator de crescimento semelhante à insulina tipo-1/proteína quinase B/complexo alvo da rapamicina foi analisada por Western-blot. Análise estatística: ANOVA e Bonferroni ou Dunn; testes T de Student e Goodman; p<0,05. Resultados: A mortalidade foi maior no grupo IM-Sed que no Sham. O tamanho do infarto não diferiu entre os grupos. O exercício resistido aumentou a capacidade de carga máxima, sem alterar a capacidade funcional ou a remodelação cardíaca. A atividade da catalase foi menor no grupo IM-Sed que no Sham e da glutationa peroxidase foi menor no IM-Sed que nos grupos Sham e IM-R. A carbonilação proteica foi maior no IM-R que no IM-Sed. O metabolismo energético não diferiu entre os grupos, exceto pela menor atividade da fosfofrutoquinase no grupo IM-R que no IM-Sed. A expressão da p70s6K e p-FoxO3a, e a relação p-FoxO3a/FoxO3a foram menores no grupo IM-Sed que no Sham e a relação p-p70s6K/p70s6K foi maior no IM-Sed que no Sham. Conclusões: A prática de exercício resistido em ratos infartados é segura, atenua a mortalidade, e melhora a capacidade de carga máxima independentemente de alterações na estrutura cardíaca e função ventricular esquerda. No músculo sóleo, o exercício resistido preserva a atividade de enzimas antioxidantes e da fosfofrutoquinase, e a expressão de proteínas envolvidas no trofismo muscular. 

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