Objetivo: Identificar o grau de conhecimento dos consumidores de um supermercado da cidade de Bragança Paulista/SP quanto à quantidade de sódio presente nos rótulos de alimentos industrializados e os riscos do consumo excessivo no desenvolvimento de hipertensão arterial sistêmica (HAS). Metodologia: O estudo transversal foi realizado com 300 participantes, com faixa etária entre 18 e 59 anos de idade e utilização de um questionário que englobou perguntas sobre informações pessoais, consumo de alimentos industrializados, compreensão do vinculo entre HAS e nutrição, diferença entre sódio e sal e limites dos conhecimentos dos consumidores sobre informações nutricionais. Resultados: Do total de indivíduos pesquisados (n= 300), 68.3% eram do gênero feminino e 31.7% do gênero masculino. Dentre estes, 88,4% dos participantes negaram a presença de doenças cardiovasculares, 11,6% afirmaram possuir algum tipo de doença cardiovascular (DCV) (p<0,01) e 62,9% se declararam portadores de HAS (p<0,01). Entre os participantes, 44% aferem pressão arterial em determinados períodos e 56% não o fazem. Do total de indivíduos pesquisados, 95% relataram que há relação entre hábitos alimentares e HAS, porém, 51% acreditam que sal e sódio são sinônimos e 79% desconhecem a recomendação ideal de sódio (p<0,01). Quanto ao hábito de analisar a tabela de informações nutricionais, 57.6% realizam a leitura do rótulo, mas 79.2% destes indivíduos, não entendem totalmente o que leem. Conclusão: O presente estudo possibilitou concluir que a maioria dos consumidores entrevistados, não possuem conhecimentos suficientes para avaliar a presença de sódio em alimentos industrializados, o que pode acarretar maiores riscos de desenvolver HAS e outras doenças relacionadas à alimentação. Faz-se necessário a realização de mais estudos para avaliar o grau de conhecimento a respeito desse micronutriente, a fim de promover medidas educativas para redução dos riscos de HAS, uma vez que a alimentação é uma forma importante de atenção à saúde e as DCV são as enfermidades que se relacionam ao maior número de óbitos entre os brasileiros.