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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Impacto da ventilação não-invasiva associada ao exercício de alta intensidade na oxigenação cerebral e muscular em pacientes com DPOC-IC

Cássia da Luz Goulart, Flávia Rossi Caruso, Adriana S. Garcia de Araújo, Polliana Batista dos Santos, Giovana Salgado Baffa, Meliza Goi Roscani, Fabio Rodrigo Prone, Renata G. Mendes, Andréa L. G. da Silva, Audrey Borghi-Silva
UFSCar - São Carlos - SP - Brasil

Introdução: Pacientes com coexistência da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) na Insuficiência cardíaca (IC), apresentam reduzida oferta e utilização do oxigênio  durante o exercício para musculatura respiratória e periférica, bem como acentuada manifestações neuromusculares relacionadas a fadiga central. O objetivo deste estudo foi investigar o efeito da ventilação não-invasiva por pressão positiva (VNI) por dois níveis de pressão (Bilevel) durante o exercício de alta intensidade, na oxigenação cerebral (Cox), respiratória (Res) e periférica em pacientes com DPOC-IC. Métodos: Estudo randomizado, duplo-cego e controlado. Inicialmente, os pacientes realizaram um teste exercício cardiopulmonar máximo (TECP) para determinação da intensidade de exercício (80% da carga pico). Em outro dia, foram realizados dois testes de carga constante de alta intensidade, com paciente recebendo VNI (Bilevel - Astral 150) ou Sham até o limite de tolerância (Tlim). A análise da oxigenação foi por meio do NIRS (Oxymon, Artinis Medical Systems, Einsteinweg, Netherland) e 3 probes exploratórios: 1. vasto lateral direito (VL), 2. músculo intercostal externo direito e 3 região pré-frontal. As concentrações relativas de oxihemoglobina (O2Hb) e desoxihemoglobina (HHb) foram coletadas a cada segundo. Os deltas (Δ) das variáveis do NIRS para os músculos VL, Res e Cox foram calculados baseados no tempo de exercício em segundos (20%, 40%, 60%, 80% e 100% de Tlim). Resultados: Foram analisados 12 homens com DPOC-IC estáveis, idade de 68±6 anos, fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 40±9%, VEF1/CVF de 0,60±0,08 L. Maior Tlim foi observado com uso da VNI (Sham: 104±39s para VNI: 168±46s, p=0.001). Maior desoxigenação muscular representada pela variação da HHb no Res (p<0.001), VL (p<0.001) e Cox (p<0.001) na situação Sham, e maior oxigenação representada pela O2Hb para Res (p<0.001) e VL (p<0.001) na condição VNI quando comparado aos pacientes que utilizaram Sham (Figura 1). Ainda, ao analisarmos a desoxigenação entre Res, VL e Cox, somente na situação com VNI a HHb do VL foi maior que Res e Cox (4,3±0,8; Res 3,2±0,6 e Cox 2,1±0,4 <0.001). Conclusão: A VNI resultou em menor extração de O2 nos músculos respiratórios e periféricos e melhora da oxigenação cerebral, contribuindo para melhora da tolerância ao exercício em pacientes com coexistência da DPOC na IC. Estes achados podem indicar os potenciais efeitos da VNI em programas de exercícios físicos na presença da DPOC na IC. Apoio: FAPESP: 2015/26501-1 and 2018/03233-0 and CAPES.

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