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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Análise da quantidade do consumo de produtos finais de glicação avançada antes e após a restrição calórica de mulheres com doença arterial coronária precoce.

Karen Lika Kuwabara , Dalila Pinheiro Leal , Nathalia Ferreira de Oliveira Faria, José Rafael de Oliveira Nascimento, Ana Luíse Duenhas Berger , Antonio de Pádua Mansur
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares (DCV) são as principais causas de morte no Brasil. E uma das principais formas de apresentação das DCV é a doença arterial coronária (DAC). O consumo de dietas ricas em produtos finais de glicação avançada (AGEs) intensifica o processo inflamatório e aterosclerótico. Por outro lado, a restrição de AGEs associou-se à proteção vascular e à longevidade. OBJETIVO: Esse estudo analisou a quantidade de AGEs na dieta habitual de mulheres com doença arterial coronária (DAC) precoce. MÉTODO: Foram analisadas 27 mulheres com DAC precoce (≤ 55 anos) documentada por cineangiocoronariografia, antes e após restrição calórica (RC) de 30% da dieta habitual, as características clínicas e nutricionais, a quantidade de AGEs nos recordatórios de 24hs com base no teor de carboximetil lisina disponível em tabela com 549 alimentos e o perfil metabólico no sangue. RESULTADOS: A média de idade obtida foi de 50±4 anos. Observou-se redução do índice de massa corporal de 29,76 Kg/m² para 29,22 Kg/m² (p=0,030) e das concentrações séricas de colesterol total de 235 mg/dL para 192 mg/dL (p=0,005) e do LDL-colesterol de 143 mg/dL para 119 mg/dL (p=0,008). Os níveis séricos de triglicérides foi de 147 mg/dL para 109 mg/dL (p=0,075). Os valores de glicemia e HDL-colesterol ficaram inalterados. A quantidade de AGEs na dieta, antes e após a RC, foi de, respectivamente, 726±312 kU e 483±69 kU (p<0,001) com redução média de 33% na quantidade de AGEs com a dieta. Observou-se correlação positiva entre a quantidade de AGEs com o peso inicial (r=0,47; p=0,014), glicemia (r=0,52; p=0,005) e hemoglobina glicada (r=0,61; p=0,009). CONCLUSÃO: Os AGEs associaram-se com pior perfil glicêmico que favorece a lesão do endotélio vascular e, consequentemente, o processo da aterosclerose. A RC reduziu os níveis de AGEs alimentares.  Portanto, a redução do consumo diário de AGEs da alimentação pode ser uma intervenção nutricional de proteção vascular.

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