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Comparação entre escores de risco cardiovascular em síndrome coronariana aguda: Biomarcadores são essenciais ou critérios clínicos são suficientes?

Moritz MA, Costa ALBS, Barreto VJO, Klautau PBRN, Batista EP, Gonçalves Jr I, Moraes PIM, Barbosa AHP, Stefanini E, Moises VA
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: Os escores de risco (ER) tradicionais para predição de desfechos cardiovasculares em pacientes com síndrome coronariana aguda, como Thrombolysis in Myocardial Infarction (TIMI) e Global Registry of Acute Coronary Events (GRACE), incluem variáveis clínicas, eletrocardiográficas e dosagem de biomarcadores (troponina). Mais recentemente, dois escores prognósticos foram propostos baseados exclusivamente em dados clínicos: Canada Acute Coronary Syndrome (C-ACS) e Portuguese Registry on Acute Coronary Syndrome (ProACS). Objetivo: Avaliar o desempenho dos ER na predição de mortalidade hospitalar em pacientes atendidos em uma rede municipal para tratamento do infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST). Métodos: Foram analisados 2723 pacientes (pts) consecutivos com IAMCSST de março-2010 a dezembro-2019 atendidos em hospitais primários e referenciados ao centro terciário, sendo 96,4% (2625 pts) submetidos à fibrinólise seguida de cateterismo cardíaco (estratégia fármaco-invasiva) e 3,6% (98 pts) à angioplastia primária. A acurácia na predição de morte hospitalar entre os escores foi comparada pela área sob a curva (ASC) após construção da curva Receiver Operating Characteristic (ROC). Resultados: A média de idade foi 58,4 anos, sendo 29,8% (811 pts) mulheres, antecedente de hipertensão arterial em 60,2% (1640 pts) e diabetes mellitus em 30,8% (838 pts). A mediana e intervalo interquartil (IIQ) dos ER foram: TIMI 3 (2-5), GRACE 109 (90-136), C-ACS 0,7 (0-1) e ProACS 3 (2-4). A mortalidade hospitalar global ocorreu em 5,8% (157 pts), com ASC ROC dos escores: TIMI 0,83 (0,79-0,86), GRACE 0,87 (0,83-0,90), C-ACS 0,84 (0,79-0,85) e ProACS 0,86 (0,82-0,89), sendo p < 0,01 para todos os modelos. Conclusão: Os ER analisados têm acurácia elevada e são equivalentes entre si na predição de mortalidade hospitalar em pacientes com IAMCSST atendidos em uma rede estruturada majoritariamente pela estratégia fármaco-invasiva. Os escores recentes que utilizam parâmetros clínicos combinados se mostraram tão eficientes quanto os escores tradicionais na predição de risco de morte hospitalar. 

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