São Paulo – São Paulo 2012 RESUMO Relataremos um caso sobre uma manifestação cardíaca de taquicardia ventricular resultante de tumor primário do coração. Paciente do sexo masculino, aos cinco meses de idade, apresentou quadro de infecção das vias aéreas superiores, foi prontamente levado ao hospital e realizado radiografia de tórax o qual evidenciou massa em região de silhueta cardíaca, sendo encaminhada ao serviço de cardiologia. Solicitado ecocardiograma transtoracico, no qual fora constado imagem tipo massa única livre em parede anterior de ventrículo esquerdo. O paciente manteve-se assintomático até o primeiro episódio de taquicardia ventricular. Aos 1,5 anos, apresentou a primeira arritmia cardíaca, com sintomas de baixo débito sanguíneo cerebral, síncope, vômitos e mal estar geral, sendo prontamente revertida e retorno ao ritmo sinusal sem necessidade intervencionista. O acompanhamento cardíaco era realizado irregularmente. Seis meses após o primeiro episódio de taquicardia ventricular apresentou o segundo episodio taquiarritmico, fora prescrito propranolol na dose de 10 mg 3 vezes ao dia ficando internado por 3 dias em unidade hospitalar básica, sem o suporte necessário. Após episódios recorrentes de taquiarritmia, foi encaminhado pelo cardiologista clinico para avaliação cirúrgica, na tentativa de ressecção tumoral, sendo este o precursor arrítmico. Internado no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, para segmento, estadiamento tumoral e possível ressecção cirúrgica. Para estadiar o tumor foi realizado ressonância magnética. Após analisada pela equipe cirúrgica concluiu que a melhor conduta para o caso seria a expectante, devido o tumor estar localizado em difícil sitio cirúrgico proporcionando um alta probabilidade de insucesso na cirurgia . Sendo tomada a decisão de acompanhamento clínico com o setor de arritmologia com consultas trimestrais e drogas antiarrítmicas para evitar novos episódios de taquicardia ventriculares.
