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SACROILEÍTE COMO PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO CLÍNICA DE ENDOCARDITE INFECCIOSA - RELATO DE CASO

Laura Fadel M. dos Santos, Silvio M. Póvoa Junior, Ana Laura H. Covre, Symont P. A. Noronha, Max W. R. Barrenechea, Mariana D. C. Fleury, Gabriel F. S. Vilela, Bruno M. Baccaro, Italo M. Ferreira, Diego Feriani
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

A endocardite infecciosa (EI) permanece sendo uma doença altamente prevalente. Muitas vezes, há dificuldade em seu diagnóstico, devido às várias manifestações sistêmicas sugestivas de outras patologias. As culturas podem encontrar-se negativas em 10-15% dos casos. Paciente masculino, 60 anos, branco, HAS, com diagnóstico prévio de prolapso de valva mitral, sem outras comorbidades. Refere ter iniciado quadro de febre aferida e, após cinco dias, dor no quadril à esquerda com piora à deambulação. Procurou pronto socorro (PS) geral, onde realizou constatou-se alteração laboratorial sugestiva de infecção. Procedeu-se a internação hospitalar, com realização de ressonância magnética (RM), recebendo diagnóstico de sacroileíte. Foi tratado com Ceftriaxona durante 7 dias, com melhora do da febre. Recebeu alta e após, iniciou seguimento ambulatorial com reumatologista, sendo descartada etiologia reumática. Foi realizado ecocardiograma transesofágico (ECOTE), devido a ausculta de sopro sistólico em foco mitral e quadro febril recente, o qual demonstrava insuficiências mitral e aórtica importantes e presença de vegetação em valva mitral. Referia procedimento odontológico cinco dias antes do início da febre. Foi encaminhado ao PS do nosso serviço, onde foi internado e repetido ECOTE, no qual não foi visualizada vegetação, mas sim ruptura de cordoalha tendínea. Iniciada antibioticoterapia empírica com Ceftriaxona, Oxacilina e Gentamicina, tendo cursado com cinco pares de hemoculturas negativas. Solicitada fundoscopia, com presença de Manchas de Roth. Paciente encaminhado a cirurgia para dupla troca valvar, com material enviado a anatomo-patológico, com diagnóstico de EI. Percebe-se, então, o caso de um paciente previamente hígido, apresentando quadro febril, sopro à ausculta cardíaca e artrite séptica. Não houve a confirmação de EI pelos Critérios de Duke. Todavia, analisando-se os critérios de Duke Modificados, o paciente enquadra-se em endocardite provável, devido à presença de três critérios menores (febre, fator predisponente e fenômenos imunológicos). Na vigência da suspeita clínica, o diagnóstico do paciente só foi possível devido à insistência em buscar critérios menores que corroborassem com a hipótese, mostrando assim a importância de valorizar os mesmos para evitar casos não diagnosticados.

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