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Fístula aorto-esofagiana por rotura de aneurisma: um relato de caso

Nina Azevedo de Medeiros Couto, Flávia Corrêa de Oliveira Lima, Fernanda Corrêa de Oliveira Lima, Bruna Zulim Davanço, Rafael Braga Pimenta, Nelly Kim Oliveira Sousa Moura, Marcella Castro Torres, Rômulo César Arnal Bonini
Curso Intensivo de Revisão em Cardiologia Clínica - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil

Introdução: As fístulas aorto-esofagianas (FAE) são raras e requerem diagnóstico rápido. Representam um grande desafio terapêutico devido a sua elevada morbimortalidade; 2/3 dessas são consequência de ruptura de aorta torácica, provenientes de aneurismas ou traumas. Relato do caso: M.E.M.R., 87 anos, sexo feminino, procedente do interior de São Paulo, foi admitida no Pronto Socorro de um hospital particular da região com quadro de hematêmese. Antecedentes pessoais de hipertensão arterial e diabetes mellitus. Ao exame físico ausculta cardíaca e pulmonar sem alterações, sem ruídos adventícios em carótida, Glasgow 15, sem déficit neurológico focal. Realizada estabilização clínica e posterior Endoscopia Digestiva alta, que evidenciou fístula aórtica esofágica, não comunicante, trombosada e sem sangramento ativo. Realizada Tomografia computadorizada de tórax que apresentou aneurisma de aorta tóraco-abdominal de aproximadamente 70 mm de diâmetro, com presença de trombo intramural extenso da aorta abdominal até tronco de aorta ascendente, sem sinais de dissecção aguda, com compressão esofagiana. Avaliada pela cirurgia vascular, pela sua idade avançada, não se indicou intervenção com endoprótese.  Devido sua estabilidade hemodinâmica, uma segunda análise foi realizada e indicada intervenção, sendo inserida na Central de Regulação de Vagas (CROSS). No dia anterior do procedimento foi a óbito por novo sangramento. Conclusão: As FAE são apresentações raras e fatais da ruptura de aorta tóraco-abdominal.  A idade avançada apresentada pela paciente se comportou como fator decisivo na indicação da intervenção, juntamente com sua estabilidade hemodinâmica. Apesar da elevada morbimortalidade da complicação, a efetividade de todo sistema de diagnóstico precoce, estabilização e tratamento se faz imprescindível para um atendimento completo, sendo muitas vezes de sucesso, e outras de insucesso.

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