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O impacto da sonotrombólise sobre a função diastólica do ventrículo esquerdo e a mecânica do átrio esquerdo em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST

Hsu Po Chiang, Wilson Mathias Jr, Miguel Osman Aguiar, Bruno Garcia Tavares, Bruno Carter Borges, Alexandre Soeiro, João Cesar Sbano, Thomas Porter, Jeane Mike Tsutsui
Instituto do Coração (InCor) - HCFMUSP - São Paulo - São Paulo - Brasil, University of Nebraska Medical Center - Omaha - Nebraska - Estados Unidos da América

Introdução: Recentemente foi demonstrado que o uso terapêutico do ultrassom e microbolhas (sonotrombólise) resulta em maior taxa de recanalização angiográfica em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST). Os efeitos dessa nova terapia sobre a função diastólica do ventrículo esquerdo (FDVE) e mecânica do átrio esquerdo (AE) ainda não foram definidos. Objetivo: Avaliar o impacto do uso terapêutico da sonotrombólise sobre a FDVE e a mecânica do AE utilizando o ecocardiograma em pacientes com IAMCSST. Método: Um total de 100 pacientes foi randomizado, sendo 50 para o grupo controle e 50 para o grupo terapia. As análises da FDVE e da mecânica do AE foram realizadas imediatamente antes e após a intervenção coronária percutânea (ICP), 72 horas, 1 mês e 6 meses de acompanhamento. A FDVE foi classificada em graus: 0 (sem disfunção diastólica), e disfunção diastólica (DD) graus 1, 2 e 3. A mecânica atrial esquerda foi avaliada pelo método speckle tracking, onde foram calculados os valores do strain global longitudinal (SGL) do AE.  Resultados: A FDVE não apresentou diferença entre os grupos antes da ICP (terapia vs. controle: 72% vs. 70% com grau 1; 24% vs. 26% com grau 2; 4% vs. 4% com grau 3; p=0,834) e após a ICP (terapia vs. controle: 8% vs. 4% com grau 0; 60% vs. 61% com grau 1; 28% vs. 29% com grau 2; 4% vs. 6% com grau 3; p=0,573). Entretanto, apresentou diferença entre os grupos com 72 horas (terapia vs. controle: 14% vs. 0% com grau 0; 62% vs. 64% com grau 1; 22% vs. 28% com grau 2; 2% vs. 8% com grau 3; p=0,030), 1 mês (terapia vs. controle: 23% vs. 6% com grau 0; 45% vs. 46% com grau 1; 32% vs. 26% com grau 2; 0% vs. 22% com grau 3; p=0,008) e 6 meses (terapia vs. controle: 20% vs. 13% com grau 0; 64% vs. 51% com grau 1; 14% vs. 27% com grau 2; 2% vs. 9% com grau 3; p=0,043) de acompanhamento, sendo os melhores resultados no grupo submetido à sonotrombólise. Com relação ao SGL do AE observaram-se valores significativamente maiores e persistentes no grupo submetido à sonotrombólise após 72 horas da ICP. A comparação do SGL do AE entre os grupos terapia e controle, respectivamente, foi: antes da ICP, 15,1±9,7% vs. 15,4±8,0% (p=0,893); após a ICP, 21,3±9,2% vs. 18,5±7,5% (p=0,132); com 72 horas, 24,0±7,3% vs. 19,6±7,2 (p=0,005); 1 mês, 25,3±6,3% vs. 21,5±8,3% (p=0,020); e 6 meses, 26,2±8,7% vs. 21,6±8,5% (p<0,001) de acompanhamento. Conclusão: A melhora da FDVE e da mecânica do AE com o uso da sonotrombólise como terapia adjuvante em pacientes com IAMCSST demonstra o benefício do uso dessa nova terapia.

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