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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Quais as repercussões agudas da Terapia de Exposição a Realidade Virtual sobre a modulação autonômica em participantes de reabilitação cardíaca?

Paula Fernanda da Silva, Ricci-Vitor, AL, Borges, GLB, Cruz, MMA, Garner, DM, Laurino, MJL, Vanderlei, LCM
Unesp - Presidente Prudente - São Paulo - Brasil, Oxford Brookes University - Oxford - Oxfordshire - United Kingdom

Introdução: A terapia de exposição à realidade virtual (TRV) surge como tratamento alternativo à reabilitação cardiovascular convencional (RCV) com potenciais vantagens que resultam em aumento de motivação ao paciente. A sua utilização em jovens e adultos saudáveis melhora e mantem a aptidão cardiorrespiratória promovendo respostas cardiovasculares e autonômicas agudas que são adequadas e seguras, contudo em cardiopatas, essa temática ainda não foi investigada. Assim, este estudo objetivou avaliar a resposta aguda da modulação autonômica durante e após uma sessão de TRV e investigar se com a prática da terapia ocorre modificações nessa resposta aguda. Métodos: Foram analisados dados de 21 voluntários, independentes do sexo que participavam de um programa de RCV há mais de 3 meses. Os voluntários foram submetidos a uma sessão de TRV e uma RCV em sequência randomizada, com intensidade de 40 a 70% da reserva de frequência cardíaca e duração de 85min. A modulação autonômica foi avaliada por índices lineares de variabilidade da frequência cardíaca (RMSSD, SDNN, LFnu e HFnu), no repouso inicial (10min), durante exercícios (45min) e na recuperação (30min). Em seguida, os voluntários foram submetidos a 12 semanas de treino com TRV associada à RCV na frequência de 3x por semana, sendo 2 sessões de RCV e 1 de TRV e as avaliações foram repetidas na 12ª semana. Resultados: Durante a 1ª sessão de TRV o padrão de resposta da modulação autonômica foi fisiológico, ocorrendo com o exercício a retirada vagal (redução de RMSSD e HFnu), estimulação simpática (aumento de LFnu) e progressiva redução da VFC global (redução de SDNN). Durante a recuperação, os índices SDNN, HFnu e LFnu se restabeleceram a partir de 5min em ambas as terapias. Após 12 semanas de treino com TRV as análises da modulação autonômica durante a sessão também apresentaram comportamento fisiológico, contudo durante o exercício ocorreu uma redução na intensidade das respostas e após o exercício houve uma recuperação mais rápida da modulação autonômica em comparação à 1ª semana. Conclusão: Os resultados sugerem que o padrão de resposta da modulação autonômica durante e após uma sessão de TRV foi fisiológico e eficaz e que, após 12 semanas de prática da TRV, houve adaptação dos voluntários com respostas menos intensa da modulação autonômica durante exercício e recuperação mais rápida.

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