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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Respostas cardiovasculares durante cicloergometria de membros superiores em unidade de terapia intensiva no pós-operatório de cirurgia cardíaca

Giulliano Gardenghi, Celina L. Kushida, Jessyka B. Cruz, Abissay F. Dias, Pedro A. P. Sudário, José Onofre de C. Sobrinho, João A. Pansani, Maurício L. Prudente, Artur Henrique de Souza
Hospital ENCORE - Aparecida de Goiânia - Goiás - Brasil

Introdução: Há receio em realizar exercícios de membros superiores (MMSS) no pós-operatório (PO) de cirurgias cardíacas (CC), pelo uso de drogas vasoativas (DVAs) e risco de instabilidade hemodinâmica. Objetivo: Verificar o comportamento de variáveis cardiovasculares durante e após exercício no PO de CC. Métodos: Indivíduos no PO de CC (revascularização do miocárdio, troca valvar mitral ou aórtica, aortoplastia) foram avaliados em 02 dias, 1º PO e 2º PO, durante a realização de cicloergômetro para MMSS, que foi realizado em séries de 05 minutos, após 03 minutos de repouso e com 02 minutos de recuperação passiva. Durante o exercício os pacientes foram orientados a manter cerca de 60 rotações por minuto no ciclo e a carga foi regulada para manter uma percepção subjetiva de Borg adaptado entre 04 e 05. As seguintes variáveis foram avaliadas: frequência cardíaca (FC); Pressão arterial média intra-arterial (PAM) e saturação periférica de oxigênio (SpO2). A análise estatística utilizou ANOVA de um caminho com post hoc de Scheffé quando necessário, assumindo como significantes valores de p≤0,05. Resultados: 56 indivíduos foram avaliados (id: 59±9 anos; 60,7% masculinos; IMC: 27±1 Kg/m2; FEVE: 60±10%). No 1º PO a FC aumentou de maneira significante a partir do 1º minuto de exercício até o final do 5º minuto (p:0,00), permanecendo elevada mesmo no 2º minuto da recuperação (p:0,04), em relação ao repouso (FC rep: 92±15; 5º min exe: 101±16; 2º min rec: 96±16 bpm). No 2º PO o comportamento da FC foi semelhante durante o exercício, apresentando uma melhor recuperação no pós exercício, com diminuição da mesma a valores semelhantes aos de repouso (p:0,46) (FC rep: 94±16; 5º min exe: 103±14; 2º min rec: 94±17 bpm). Considerando a PAM, não se observou o aumento esperado durante o exercício no 1º PO (p:0,58). No 2º PO o comportamento da PAM foi adequado, com elevação (PAM rep: 83±9; 5º min exercício: 88±14 mmHg, p: 0,01). A SpO2 diminuiu no 1º minuto de exercício no 1º PO (SpO2 rep: 94±3; 1º min exercício: 92±4%, p: 0,03). No 2º PO não houve quedas da SpO2. Importante ressaltar que 23 indivíduos (41,1% da amostra) estavam em uso de DVAs e não apresentaram nenhum avento adverso durante o exercício proposto. Conclusão: No 1º PO houve menor capacidade de recuperação da FC após o exercício, associada a ausência de incremento significante da PAM e dessaturação da SPO2 durante o esforço. No 2º PO todas as variáveis estudadas se comportaram de maneira fisiológica demonstrando um melhor ajuste cardiovascular aos esforços, na população estudada.

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