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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Indicadores antropométricos de obesidade estão associados a pressão arterial elevada em adolescentes de uma cidade do Sul do Brasil

Leandro Narciso Santiago, Priscila Custódio Martins, Diego Augusto Santos Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - - SC - BRASIL

Introdução: O excesso de peso é um dos principais fatores de risco para pressão arterial elevada (PA) na adolescência e na vida adulta. O diagnóstico e tratamento precoce associam-se diretamente a diminuição destes riscos. Os indicadores antropométricos de obesidade, como o índice de massa corporal (IMC) e o perímetro de cintura (PC) podem demonstrar alterações no perfil nutricional em adolescentes com baixo custo, fácil aplicação e de forma não invasiva. O IMC está diretamente associado ao excesso de peso generalizado e o PC ao depósito de gordura na região central do corpo. Deste modo torna-se relevante investigar a associação entre o IMC, PC e a pressão arterial elevada. Objetivo: Investigar a associação dos indicadores antropométricos (IMC, PC) e PA em adolescentes. Método: Estudo transversal com 1.132 adolescentes (16,5± 1,14 anos) de ambos os sexos. A variável dependente foi PA mensurada por método oscilométrico com esfigmomanômetro digital, conforme a literatura. Foi considerada PA elevada, os adolescentes com valores acima do percentil 95 para sexo e idade, conforme a tabela de referência do The Fourth Report on the Diagnosis, Evaluation and Treatment of High Blood Pressure in Children and Adolescents. O IMC foi calculado pela divisão da massa corporal em quilogramas (kg) pelo quadrado da estatura em metros (m). Os escolares classificados acima de > +1 desvio padrão foram considerados com excesso de peso e aqueles abaixo desta classificação, peso normal seguindo os pontos de corte para o escore-Z propostos pela Organização Mundial da Saúde para crianças e adolescentes. O PC foi medido na porção mais estreita do tronco, entre a borda costal inferior e a crista ilíaca, com fita antropométrica, definindo-se PC elevado os adolescentes com valores de escore-Z ≥1 de acordo com sexo e idade. Empregou-se a regressão logística binária com nível de significância p<0,05 utilizando o software SPSS versão 22.0 para as análises. Resultados: Os meninos com IMC elevado tiveram maiores chances de PA elevada em comparação aos pares com IMC normal (OR: 2,76; IC95%: 1,58; 4,82). As meninas com IMC elevado apresentaram cinco vezes mais chances de PA elevada (IC95%: 2,05; 12,18) em comparação aos pares com IMC normal. Os meninos com PC elevado apresentaram 3,76 mais chances de PA elevada (IC95%: 1,89; 7,50) em comparação aos pares com PC normal. Para as meninas, o PC elevado aumentou as chances de apresentar PA elevada em 2,86 vezes (IC95%: 0,99; 8,22). Conclusão: Adolescentes de ambos os sexos com IMC e PC elevados apresentaram maiores chances de possuir PA elevada.

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