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Sobrevida após parada cardiorrespiratória em pacientes com infarto agudo do miocárdio submetidos à angioplastia primária

Soares VL, Souza JG, Tavares ACM, Terencio AS, Coelho GMM, Melo ESA, Galhardo A, Gonçalves Jr I, Moraes PIM, Barbosa AHP
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: A parada cardiorrespiratória (PCR) é um fator de pior prognóstico nos casos de infarto agudo do miocárdio (IAM) e contribui significativamente em modelos preditivos de óbito e eventos cardiovasculares precoces, como no escoreGlobal Registry of Acute Coronary Events (GRACE).

Objetivo:  Avaliar as características clínicas e a sobrevida em pacientes com IAM com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) que apresentaram PCR na admissão hospitalar.

Métodos: Foram analisados todos os pacientes com diagnóstico de IAMCSST atendidos em hospital terciário “porta-aberta” habilitado para angioplastia primária entre janeiro-2016 e dezembro-2019. Variáveis categóricas foram comparadas pelo teste de qui-quadrado e as numéricas expressas em mediana e intervalo interquartil e comparadas pelo teste de Mann-Whitney. Um valor-p < 0,05 foi considerado significante.

Resultados: 191 pacientes com IAMCSST foram atendidos no período, com mediana de 61 (52-68) anos, sendo 60 (31,4%) mulheres, 109 (57,0%) hipertensos, 57 (29,8%) diabéticos e 86 (45,0%) com IAM acometendo parede anterior. Apresentaram PCR na admissão hospitalar 12 (6,3%) dos casos, sendo a duração mediana de PCR de 22 (13-30) minutos e o tempo porta-balão mediano de 70 (29-160) minutos. Não houve diferença significante entre os grupos PCR e não-PCR quanto as características clínicas basais descritas. Quanto à evolução hospitalar, o grupo PCR apresentou menor fração de ejeção ao ecocardiograma (31% [25-44] x 48% [40-55]; p=0,02), maiores taxas de choque cardiogênico (41,7% x 12,1%; p=0,02) e de óbito (33,3% x 7,8%; p=0,02), além de prolongamento em dias de internação (27 [14-61] x 4,5 [3-7,5] dias; p=0,03). Os pacientes com PCR foram acompanhados após alta hospitalar, com perda de seguimento em 8,3% (1 caso), sendo a sobrevida média em 1 ano de 45,4% (5 dos 11 casos que completaram o seguimento pós alta).

Conclusão: A parada cardiorrespiratória durante o atendimento inicial de pacientes com IAMCSST foi relacionada a piores desfechos cardiovasculares, aumento de mortalidade e do tempo de internação, assim como uma sobrevida reduzida após alta hospitalar.

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