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O método da Specific Activity Scale (SAS) é mais acurado que o da New York Heart Association (NYHA) na identificação de pacientes com limitação funcional leve em pacientes com insuficiência cardíaca

ER Azevedo, JC Crescêncio, DCP Cunha , RAS Dantas , L Gallo-Jr, André Schmidt, MV Simões
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP - Ribeirão Preto - São Paulo - Brasil

Introdução: A avaliação precisa da capacidade funcional (CF) é essencial na avaliação clínica de pacientes com insuficiência cardíaca, uma vez que pacientes sintomáticos são candidatos à otimização terapêutica e à implantação de dispositivos cardíacos. 

Objetivo: Nós testamos a hipótese de que a utilização da SAS seria mais acurada em identificar pacientes com limitações funcionais leves em comparação ao método da NYHA.

Métodos: Nós investigamos, num estudo prospectivo, 101 adultos portadores de insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida seguidos na Clínica de Insuficiência Cardíaca de um hospital terciário [idade = 56,0±12,3 anos; 59% homens; FEVE = 29,2 ± 9,2%; principais etiologias: isquêmica (28%), cardiomiopatia dilatada (30%), hipertensiva (20%) e chagásica (10%)]. Num mesmo dia, os pacientes foram avaliados quanto à classe funcional pelos métodos clínicos da NYHA e da SAS e pela mensuração direta do consumo de oxigênio (VO2) pico pelo teste cardiopulmonar (TCP). Diferentes pesquisadores aplicaram cada teste de forma separada e velada com relação aos demais resultados. Nós calculamos o índice líquido de reclassificação comparando a SAS e a NYHA tendo como padrão ouro o valor de VO2 pico medido pelo teste cardiopulmonar expresso em equivalentes metabólicos (METS).

Resultados: A tabela 1 resume os resultados. Nós observamos uma proporção maior de pacientes classificados como CF I ao utilizarmos o método da NYHA em comparação aos outros métodos. De acordo com a classificação da NYHA, 24 pacientes (24%) foram classificados como CF I. Entre os pacientes classificados como CF I pela NYHA, apenas 6 mantiveram a CF I pela SAS, sendo esta uma significativa menor proporção de pacientes [n = 6 (6%), teste de McNemar, p = 0,0002]. Entre os 18 pacientes reclassificados pela SAS como não CF I, 16 reclassificações (89%) foram corretas de acordo com o resultado do teste cardiopulmonar.

 Conclusão: Numa coorte de pacientes portadores de IC, a CF acessada pelo método da NYHA superestimou a proporção de pacientes assintomáticos, em CF I, em comparação aos resultados obtidos no teste cardiopulmonar. O uso da SAS pôde reclassificar corretamente a maioria destes pacientes, permitindo o reconhecimento de pacientes sintomáticos que seriam candidatos à otimização terapêutica. 

 

 

 

 

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