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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

SUBCAMADAS DA PAREDE CAROTÍDEA E SUA RELAÇÃO COM ATEROSCLEROSE EM PACIENTES HIPERTENSOS

Luís F.R.S. Carvalho-Romano , Rafael De Paolis Bonafé, Layde R. Paim , Edmilson R. Marques , Camila F. L. Vegian , Roberto Schreiber , Andrei C. Sposito , José R. Matos-Souza , Wilson Nadruz
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - - SP - BRASIL

 

Introdução: O espessamento intimal é considerado uma fase inicial e característica da aterosclerose. A espessura íntima-média (EIM) da parede carotídea é considerada uma medida de aterosclerose subclínica, mas pode ser influenciada por aumentos não apenas da espessura da camada íntima (EI) como também da camada média (EM) arterial. A hipertensão arterial é um fator de risco para aterosclerose, mas pode induzir hipertrofia da camada média arterial por elevar a tensão parietal. Contudo, pouco se sabe sobre as medidas das subcamadas da parede carotídea e sua relação com aterosclerose em hipertensos.

 

Objetivo: Mensurar EIM, EM e EI de artérias carótidas em pacientes hipertensos e avaliar suas relações com placas ateroscleróticas carotídeas.

 

Métodos: Estudo transversal que avaliou características clínicas e carotídeas de 186 hipertensos (idade=61±11 anos, 43% homens, IMC=30,6±6,2 kg/m2) acompanhados em hospital universitário. Imagens de alta resolução da parede e placas ateroscleróticas das artérias carótidas comuns foram obtidas por ultrassonografia utilizando aparelho Vivid Q, da General Electric, com transdutores de 10MHz e 13Mhz. EIM, EM e EI foram mensuradas por meio do software J-Image.

 

Resultados: Os valores médios de EI, EM e EIM foram 0,267±0,060, 0,475±0,107 e 0,742±0,142 mm, respectivamente. EIM se correlacionou mais fortemente com EM (r=0,92; p<0,001) do que com EI (r=0,72; p<0,001). Os pacientes com placas carotídeas (n=100; 58% da amostra) tinham maior idade (p<0,001) e diâmetro diastólico carotídeo (p=0,002) e tendência a maior prevalência de diabetes (p=0,06). Em análises de regressão logística ajustadas por estes fatores, EI mostrou associação mais forte com presença de placa do que EM e EIM (Figura). Além disto, EI mostrou maior área sob a curva ROC (0,92; IC 95% 0,88-0,96) do que EIM (0,79; IC 95% 0,72-0,85) e EM (0,64; IC 95% 0,56-0,72) para discriminar a presença de placas.     

 

Conclusão: EM é o principal determinante de EIM carotídea em hipertensos. Por outro lado, EI se correlaciona mais fortemente e tem maior poder discriminatório para identificar placas ateroscleróticas do que EM e EIM. Estes dados apontam para EI como um marcador mais específico de aterosclerose do que EM e EIM em hipertensos.

 

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