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Papel da angiotomografia de coronária no diagnóstico de artéria coronária única, uma rara anomalia de coronária- relato de caso

Ivna Girard Cunha Vieira Lima, Rafael Claros, José Rodrigues Parga Filho, Luiz Francisco Rodrigues de Ávila
HOSPITAL SIRIO LIBANÊS - - - BRASIL

Introdução 

A artéria coronária única (ACU) é uma anomalia congênita que tem incidência estimada entre 0,02% e 0,06% entre pacientes submetidos ao cateterismo cardíaco.  A ACU pode ser uma anomalia isolada ou associada a outras anormalidades congênitas.

Relato de Caso

Paciente masculino, 45 anos, com antecedente patológico de DM do tipo I e dislipidemia, deu entrada com quadro de dor torácica de moderada intensidade, retroesternal, sem irradiação, associada ao esforço e sem fatores de melhora ou piora, sem alterações na ausculta pulmonar e cardíaca . Considerando a probabilidade intermediária da dor ser de etiologia coronária, em um paciente com fatores de risco conhecidos foi optado então por realização de estratificação coronária não invasiva com angiotomografia de coronária.O exame mostrou: ausência de coronária direita, com coronária esquerda única e, origem de ramo direito a partir da porção terminal da artéria circunflexa, sem redução luminal. (Figura 1).

Discussão

ACU é definida quando existe apenas um óstio coronariano de onde o vaso emerge. É uma doença rara e a principal classificação foi definida por Lipton et al em R quando a origem é direita e L quando esquerda. Segundo essa classificação, ainda temos sub-categorias baseadas na sua relação com a artéria pulmonar.A maioria dos pacientes são assintomáticos, porém quando o trajeto desta anomalia é tido como maligno, estes podem apresentar IAM, taquicardia ventricular, síncope ou morte súbita. Estas variantes clínicas são mais frequentes quando a ACU é do tipo R e seu curso é entre a artéria pulmonar e a aorta. Embora a angiografia seja o exame padrão-ouro para o diagnóstico, é um procedimento com risco de complicações, por outro lado a AngioTC tem alta resolução espacial e temporal sendo capaz de prover informações tridimensionais e a relação da anomalia com outras estruturas cardíacas, despontando então como uma opção menos invasiva e melhor para caracterização da ACU. No caso discutido, notamos uma ACU do tipo L e sem trajeto maligno, além de excluirmos a existência de doença aterosclerótica associada.

 Conclusão

A ACU é uma doença rara, de diagnóstico incidental, mas a depender da relação da coronária com a artéria pulmonar a apresentação clínica pode ser fatal. Logo um exame que consiga determinar de forma mais precisa a anatomia coronariana é fundamental. Atualmente a angioTC de coronária aparece como exame de escolha, por conseguir determinar as estruturas anatômicas de maneira tridimensional e todos os trajetos de forma mais precisa, além de ser menos invasivo e mais disponível.

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