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Rigidez arterial, hemodinâmica central e função física em idosos com diabetes tipo 2: há influência do tempo de diagnóstico?

Alessandro D. Heubel, Erika Z. Kabbach, Guilherme R. Migliato, Maria Isabella S. Russo, Gustavo M. S. Brandão, Meliza G. Roscani, Audrey Borghi-Silva, Renata G. Mendes
Universidade Federal de São Carlos - São Carlos - SP - Brasil

Introdução: A diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença prevalente na população idosa e está associada a prejuízos vasculares e diminuição da capacidade física. Apesar disso, pouco é conhecido sobre a influência do tempo da doença na rigidez arterial, parâmetros hemodinâmicos centrais e função física. Objetivo: Investigar se o tempo de diagnóstico da DM2 influencia na rigidez arterial, hemodinâmica central e função física em idosos. Métodos: Estudo transversal com 70 idosos com DM2 (59% mulheres, 67 ± 6 anos, hemoglobina glicada = 7,7 ± 1,8%, tempo de DM2 = 13 ± 10 anos) que foram submetidos às seguintes avaliações: (1) rigidez arterial, pela velocidade da onda de pulso (VOP) carótida-femoral; (2) hemodinâmica central, pela pressão aórtica (PAo) sistólica, PAo diastólica, PAo de pulso, PAo média, PAo de aumento; e (3) função física, pelo teste de sentar e levantar de 30 segundos (TSL30). A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk, enquanto o teste de Spearman foi utilizado para estabelecer a correlação do tempo de DM2 com a rigidez arterial, parâmetros hemodinâmicos e função física. O nível de significância foi fixado em 5%. Resultados: Para as principais medidas avaliadas, foram observados os seguintes valores médios: VOP = 9,6 ± 2,1 m/s, PAo sistólica = 128 ± 15 mmHg, PAo diastólica = 79 ± 11 mmHg, PAo de pulso = 49 ± 11 mmHg, PAo média = 98 ± 13 mmHg, PAo de aumento = 16,1 ± 7,2 mmHg, TSL30 = 11 ± 2 repetições. Verificaram-se correlações significativas entre tempo de DM2 e VOP (r = 0,25; p = 0,039), tempo de DM2 e PAo sistólica (r = 0,28; p = 0,020), tempo de DM2 e PAo de pulso (r = 0,31; p = 0,010); e tempo de DM2 e número de repetições no TSL30 (r = -0,32; p = 0,009). Conclusão: Em idosos, o maior tempo de DM2 está associado à rigidez arterial, comprometimentos hemodinâmicos centrais e diminuição da função física. Tais condições reforçam a importância da reabilitação cardiovascular nessa população, visando não apenas recuperar a função física, mas também atenuar os prejuízos ao sistema vascular. Auxílio: CAPES, CNPq e FAPESP (17/19853-4).

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