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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Interação entre parâmetros bioquímicos, antropométricos, HDL-C e não-HDL-c

Lucas Cápia C de Carvalho, Gabriela Lopes, R J Tofano, Sandra Maria Barbalho, Marcela B Oliveira, Karina Rodrigues Quesada, Mariana Ricci Barion, Marina Cristina Akuri, Marie Oshiiwa, Marcelo Dib Bechara
Universidade de Marília - Marília - São Paulo - Brasil, Hospital Beneficente Unimar - Marília - SP - BR

INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares (DCV) estão relacionadas a dislipidemia e a Síndrome Metabólica (SM) as quais compreendem uma série de fatores de riscos associados a alta mortalidade, e estão ligados a questões genéticas, ambientais, metabólicas e hábitos de vida. Manifestam-se com resistência à insulina, valores anormais de HDL-C, triglicerídeos (TG), circunferência abdominal (CA) e obesidade. O não-HDL-c, lipoproteínas de densidade intermediária, de muito baixa densidade e remanescentes de lipoproteínas, são potencialmente aterogênicos, sendo novo alvo para prevenir eventos cardiovasculares e crucial para a predição dos riscos. As Diretrizes indicam que o não-HDL-c é relevante para a prevenção e pode estar relacionado a uma terapia para o manejo das DCV. Este estudo tem o objetivo de encontrar associações entre os níveis de HDL-c e o não-HDL-c e parâmetros antropométricos e bioquímicos em um grupo de pacientes. MÉTODOS: O estudo envolveu uma população de 300 pessoas divididas em dois grupos: aqueles com valores normais de HDL-c e não-HDL-c e outro com ambos anormais, sendo submetidos a análise de altura, peso e CA. As medidas antropométricas foram obtidas através das técnicas recomendadas por Gibson. Glicemia, colesterol total (CT), TG, níveis de LDL-c, CA, IMC, a presença de SM, índice I de Castelli e índice II de Castelli também foram considerados. Foi usado o teste t de Student para comparar dados paramétricos e o teste de Mann Whitney para os não paramétricos, com nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: A glicemia, CT, TG, LDL-c, índice I de Castelli, índice II de Castelli, CA, IMC e a presença de SM obtiveram diferenças significativas entre os dois grupos, sendo que o CT e CA exibiram significativamente valores mais altos na maioria dos pacientes com não-HDL-c anormal quando comparados com os de HDL-c anormal, além de que o não-HDL-c foi relacionado com chances maiores de desenvolver SM, sem relação com obesidade central ou resistência à insulina e potencialmente uma causa direta de aterosclerose. Conclusão: Observa-se que valores alterados de HDL-c e não-HDL-c estão correlacionados com resistência à insulina, dislipidemia, índices aterogênicos e obesidade. Em conclusão, o presente estudo mostra que o não-HDL-c deve auxiliar em metas clínicas incluindo prevenção e diagnóstico precoce de eventos de DCV, além de levantar dados que mostram que os índices de Castelli podem ser úteis no manejo clínico, sendo necessário ensaios de intervenção clínica para examinar o papel potencial do não-HDL-c como um possível alvo terapêutico.

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