INTRODUÇÃO: A vitamina D é estudada em virtude de seus efeitos no organismo, estando entre eles, como potente modificadora do risco de desenvolver Doenças Cardiovasculares (DCV). Esta vitamina pode ser obtida por meio da alimentação e pela produção a partir da radiação UV sobre a pele, sendo transformada de 7-dehidrocolesterol em colecalciferol. Esta vitamina é relacionada aos processos de secreção de insulina, regulação do peso corporal e associada ao transporte de colesterol através da regulação da apolipoproteina A-1. METODOLOGIA: Neste estudo, participaram 200 pacientes de ambos os sexos, em faixa etária de 41 a 70 anos, sendo analisados parâmetros antropométricos, como altura, peso, circunferência de cintura, utilizando as técnicas de Gibson, assim como calculou-se o Índice de Massa Corporal (IMC). Além disso, Glicemia, colesterol total, LDL-c, HDL-c, triglicerídeos, hemoglobina glicada (HbA1C), uréia, creatinina, aminoácido aspartato transferase (AST), Alanina Aminotransferase e vitamina D foram analisados de acordo com a V Diretriz Brasileira de Dislipidemia, utilizando o programa Biostat 5.0 e os testes t de Student para análise estatística e correlação, no nível de significância de 5%. RESULTADOS: Foi observado que 70% dos pacientes tinham valores abaixo do normal para a vitamina D, além de também apresentarem valores altos de glicemia, HbA1C, colesterol total, LDL-c, triglicerídeos, Índice de Castelli I e II, não-HDL-c, creatinina, AST, IMC e aumento do tamanho da partícula LDL-c e níveis baixos de HDL-c. No grupo com hipovitaminose, 33,33% eram diabéticos, enquanto no grupo com valores normais de vitamina D, apenas 3,70% são diabéticos. Observou-se que pacientes com pressão arterial alta possuem insuficiência de vitamina D e todos os pacientes com Síndrome Metabólica apresentaram hipovitaminose D. CONCLUSÃO: Conclusivamente, pode-se observar que, assim como notou-se no estudo realizado, diversas pesquisas apontam que, baixas concentrações de vitamina D estão relacionadas a DCV e que o uso de vitamina D em paciente diabéticos, melhora a glicose plasmática, nível de insulina, função das células B, é capaz de diminuir os níveis de triglicerídeos, colesterol total e melhorar o HDL-c. Os valores alterados do tamanho da partícula LDL-c e não HDL-c aumentam o risco de inflamação, leva ao estresse oxidativo e aumenta o risco aterogênico. Desta forma, o conhecimento do perfil metabólico e dos níveis de vitamina D nos pacientes com riscos para DCV, pode ser útil para uma abordagem terapêutica adequada para prevenir complicações futuras.