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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

INTERAÇÃO ENTRE MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS E SÍNDROME DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO

Beatriz Carrijo Andrade, Lucas F Abreu, Lucas Cápia C de Carvalho, Gabriela Lopes, Claudia R P Detregiachi, Karina R Quesada, Sandra M Barbalho, R J Tofano, Jessica C Andrease, Laura Bergo
Universidade de Marília - Marília - SP - BR, Hospital Beneficente Unimar - Marília - SP - BR

INTRODUÇÃO: Atualmente, o consumo de produtos industrializados, geralmente repletos de gordura e açúcar, impactaram na incidência de diversos distúrbios metabólicos, estando intimamente associados à obesidade. Estudos mostram que a má qualidade do sono, aliado ao aumento da adiposidade visceral, está relacionada ao desenvolvimento de uma inflamação crônica. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a relação entre dados antropométricos e distúrbios do sono em adultos e idosos. METODOLOGIA: O estudo foi realizado com 197 pacientes, sendo 47% deles do sexo masculino. A idade média foi de 59,52 + 13,41 anos. Foram analisados quanto a diagnóstico prévio de doenças, condições clínicas, uso de medicamentos contínuos, tabagismo, consumo de álcool e prática de atividade física. As medidas antropométricas coletadas foram peso, altura, circunferências da cintura (CC), do pescoço (CP), índice de massa corporal (IMC). A ocorrência de distúrbios do sono foi associada com os riscos da ocorrência da apneia obstrutiva do sono (AOS) avaliada por meio do questionário STOP-Bang. A análise estatística foi realizada pelo programa BioEstat 5.0, com significância de 5% (p≤0.05). RESULTADOS: A aplicação do questionário STOP-Bang resultou numa pontuação média de 3,63±1,56 (mínimo-máximo = 0-8). Com relação ao risco de AOS, 50% dos participantes apresentaram risco intermediário, enquanto que 22% e 28% foram classificados como risco baixo e alto, respectivamente. Foi encontrada relação significativa entre o risco de AOS e as medidas antropométricas analisadas nesse estudo, sendo quanto mais elevados o IMC, a CC e a CP maior são os riscos de AOS. O Intervalo de Confiança da Média (95%) nos permite inferir que valores de IMC superiores a 26,3 kg/m2 acarretam em risco de AOS. O mesmo raciocínio é possível para as medidas de CC e CP, cujos valores relacionados a risco são 90,4 cm e 35,3 cm, respectivamente. CONCLUSÃO: Concluiu-se que 50% dos pacientes avaliados apresentavam risco intermediário e 28% risco alto de AOS. Em nosso estudo a obesidade foi associada positivamente com o risco de AOS. As medidas antropométricas IMC, CC e CP apresentaram relação significativa com a ocorrência de distúrbios do sono, visto que o aumento dessas medidas levou ao maior risco de AOS.

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