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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

“Comunicação do Diagnóstico de Cardiopatia Congênita Infantil e o Impacto da notícia na perspectiva materna”

Danton Matheus de Souza, Cecilia Helena de Siqueira Sigaud
ESCOLA DE ENFERMAGEM DA USP - SÃO PAULO - SP - BRASIL

Introdução: Em geral a notícia da gravidez é recebida pelo casal com celebrações, idealizações e expectativas. Quando a mulher é recebida pelo diagnóstico de CC, há impactos nessas sensações, e estes podem ser amenizados ou potencializados com o manejo da comunicação feita pelo profissional de saúde. Sendo assim, a pesquisa objetivou compreender as percepções maternas acerca da comunicação do diagnóstico de CC e o impacto causado pela notícia. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. Foram sujeitos da pesquisa mães de crianças com CC atendidas em serviço terciário especializado em Cardiologia. Abordadas por meio da entrevista semiestruturada conduzidas pelo pesquisador. Os depoimentos foram submetidos a análise temática de conteúdo. Foram respeitados os princípios éticos em pesquisa. Resultados: O estudo contou com a participação de 9 mulheres, que relataram sua percepção referente aos impactos do diagnóstico de CC, que permeia a comunicação e as vivências diárias, até a cura da patologia. O manejo da comunicação por parte do profissional pode amenizar as angústias, com fatores positivos como: comunicação verbal acessiva, postura humanizada, e valorização das dúvidas e preocupações da mulher, possibilitando acolhimento. Quando há fatores negativos, como: comunicação indireta, uso de termos técnicos, e desvalorização da participação da mulher na comunicação, há potencialização das angústias. Estas são caracterizadas em tempos emocionais. Inicialmente, após o diagnóstico, a mãe reage com: choque, caracterizado pelo conflito entre a criança idealizada e a real; dúvidas; incertezas; negação; ambivalência em relação a criança, e tristeza. Posteriormente, com a vivência diária, há medos contínuos. Estes, são expostos como: medo do cuidado, do tratamento da CC, do óbito, e da incerteza do futuro da criança. O tempo é considerado o principal fator para diminuir as angústias. Através de aprendizados diários com o cuidado à criança; experiência; e uma nova construção de rede de apoio, com o contato com outras mães e profissionais. Conclusão: O estudo permitiu a percepção de que a comunicação do diagnóstico de CC trás intrinsicamente impactos na mulher, e estes podem ser potencializados ou amenizados com o manejo do profissional informante. Os impactos são vividos diariamente, até a cura da patologia, tendo fatores que podem contribuir para amenizar as angústias, como: contato com outras mães, e profissionais de saúde, com ênfase na equipe de enfermagem. 

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