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A associação de vildagliptina com valsartan não exerce efeito cardioprotetor adicional em ratos com insuficiência cardíaca quando comparada à monoterapia

Sene LB, Arruda-Júnior DF, Antônio EL, Tucci PJF, Girardi ACC
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL, UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: Os inibidores da dipeptidil peptidase 4 (iDPP4) são agentes antidiabéticos que além de melhorarem a glicemia promovem ações cardio, vaso e renoprotetoras em modelos experimentais de doenças cardiovasculares. Demonstramos previamente que pacientes não diabéticos com insuficiência cardíaca (IC) apresentam aumento da atividade plasmática da DPP4 em comparação a indivíduos saudáveis. Ademais, verificamos que quanto maior a atividade da DPP4, maior a disfunção cardíaca em pacientes com IC. Sabendo que o sistema renina-angiotensina tem um papel central na fisiopatologia da IC e que o antagonismo dos receptores de angiotensina II (Ang II) constitui uma das bases do tratamento desta síndrome, o presente estudo teve como objetivo testar a hipótese de que a associação entre o iDPP4 vidagliptina e o antagonista do receptor de Ang II (AT1) valsartan promove efeitos terapêuticos sinérgicos quando administrados em ratos com IC. Métodos: Ratos Wistar foram submetidos à ablação por radiofrequência do ventrículo esquerdo para indução de IC ou cirurgia fictícia (Sham). Seis semanas após a cirurgia, os animais foram distribuídos em 5 grupos: Sham + veículo (água); IC + veículo (água); IC + Vildagliptina (240mg/kg/dia); IC + Valsartan (30mg/kg/dia); IC + Assoc (240mg/kg/dia Vildagliptina e 30 mg/kg/dia Valsartan). Os fármacos foram administrados por via oral. Após 4 semanas de tratamento, os pulmões e coração foram removidos. O tecido cardíaco foi processado para análises de imuno-histoquímica, western blotting, RT-qPCR e ELISA. Resultados: Comparado ao grupo Sham, os ratos do grupo IC + veículo apresentaram aumento tanto nos níveis circulantes quanto na expressão gênica de BNP, além de maior peso do coração (ventrículo esquerdo e direito). Paralelo a isso, foi observada congestão pulmonar, hipertrofia cardíaca e fibrose intersticial, e maior atividade e abundância da DPP4 no plasma e no coração, além de aumento na expressão gênica e proteica de DPP4 cardíaca. Por sua vez, todos os tratamentos foram capazes de atenuar significantemente, e, com similar magnitude, esses parâmetros. Adicionalmente, a vildagliptina reduziu a concentração de Ang II cardíaca, ao passo que o valsartan foi capaz de reduzir a atividade da DPP4 no plasma e no coração de ratos com IC. Conclusão: Esses resultados sugerem que não há efeito cardioprotetor aditivo na administração de iDPP4 e de antagonista de receptor de AT1 em ratos com IC, muito possivelmente devido a uma sobreposição de vias cardioprotetoras ativadas por estes fármacos. 

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