ITINERÁRIO TERAPÊUTICO E NECESSIDADES DE GESTÃO DO CUIDADO NA ARTRITE REUMATOIDE
A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica de etiologia desconhecida. Pode causar alterações de múltiplos órgãos e reduzir a expectativa de vida, sendo o aumento de mortalidade consequente a doenças cardiovasculares, infecções e neoplasias. Seu tratamento busca a diminuição dos sintomas, em especial da dor, com prevenção da progreção da doença com melhoria da qualidade de vida. As ferramentas de Gestão do Cuidado que incluem o Itinerário Terapêutico (IT) e a Linha de Cuidado (LC) permitem direcionar ações para melhorias no tratamento de pessoas em condições crônicas e negligenciadas, sobretudo com (AR). Objetivo: avaliar por meio dos mecanismos de Gestão do Cuidado, especificamente, do Itinerário Terapêutico, a busca empreendida pelo cuidado em saúde por pessoas com AR em acompanhamento ambulatorial. Método: estudo de abordagem qualitativa; entrevistou-se participantes que faziam acompanhamento ambulatorial para tratamento de (AR) pelo SUS. A coleta de dados foi realizada por meio de Entrevista Narrativa (EN) e se deu após aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos (CEP), sob o parecer nº 3.515.884 (CAAE: 11149119.5.0000.8088). Para a codificação e agrupamento dos dados foi utilizado o software IRAMUTEC® e a análise foi feita por meio da Análise de Conteúdo de Bardin. Resultados: todos os entrevistados referiram que nos primeiros sintomas, a intervenção inicial era a automedição, em seguida buscavam atendimento na ESF com clínico geral, eram encaminhados para médicos ortopedistas, permaneciam longos períodos em tratamento, até serem diagnosticados com AR para então serem encaminhados à reumatologistas para iniciarem o tratamento adequado com os medicamentos específicos. Pelo software IRAMUTEC® surgiram cinco categorias, com destaque para algumas palavras que se repetiram com maior frequência: “consulta”, “exame”, “encaminhamento”, tratar”, “medicamento”, “caro”, “dor”, “doer. Conclusão: são muitas as dificuldades enfrentadas, tanto para a busca quanto para a continuidade do tratamento. Em relação à intervenção necessária: diagnosticar a doença o mais rápido possível; construir protocolos adequados para atendimento, utilizando ferramentas como o Itinerário Terapêutico (IT) e a Linha de Cuidado (LC); promover a interdisciplinaridade e viabilizar a educação permanente podem ser medidas eficazes para um melhor controle desta condição crônica objetivando melhor qualidade de vida na gestão do cuidado desta condição.
