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Prevalência de isquemia à cintilografia de perfusão miocárdica nas mulheres: Análise comparativa com a capacidade funcional. Estudo da vida real.

Rodrigo Imada, Andrea Maria Gomes Marinho Falcão, José Soares Junior, Karina dos Santos Ribeiro, Ronilze Laura Arruda de Moraes, Bernardo Augusto Rosário, Leonardo Filipe Benedeti Marinucci, Vicente Marques Beato Neto, William Azem Chalela
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL, HOSPITAL SIRIO LIBANÊS - - - BRASIL

Introdução: O teste ergométrico (TE) representa uma das estratégias mais utilizadas na prática clínica. No entanto, a depressão do segmento ST isoladamente, induzida ao exercício, tem menor valor diagnóstico nas mulheres do que em homens, com alta taxa de resultados falso-positivos. Objetivo: Avaliar a prevalência de isquemia miocárdica em mulheres na vida real através da cintilografia de perfusão miocárdica (CPM), e correlacioná-la com a capacidade funcional (CF). Método: Estudo transversal, observacional, multicêntrico que incluiu 404 pacientes divididas em 3 grupos, de acordo com a CF em MET: Grupo 1 (< 5 MET), Grupo 2 (≥ 5 a < 8) e Grupo 3 (≥ 8). Todas realizaram a CPM associada ao TE. A perfusão foi analisada de forma semi-quantitativa nos 17 segmentos miocárdicos e calculado o percentual de carga isquêmica. Foi considerado TE positivo os que apresentaram infradesnivelamento do segmento ST ≥1,0 mm, horizontal ou descendente. Para análise estatística, as variáveis qualitativas foram analisadas pelo teste de x2 e as variáveis quantitativas pelo teste de Kruskal-Wallis. Resultados: De acordo com a CF, 11 pacientes (2,7%) foram classificadas como G1, 87 (21,5%) como G2 e 306 (75,7%) como G3.  A idade média foi de 70,2 ± 6,9 anos no G1, 64,2 ± 8,1 anos no G2 e 57,2 ± 9,9 anos no G3 (p< 0,0001).Observou-se baixa prevalência de isquemia à CPM nas mulheres, embora qualquer alteração do SSS-summed stress score (p=0,0010) e do SRS-summed rest score (p=0,0049) terem sido mais prevalentes no G1 e G2, com diferenças significantes. Na quantificação de isquemia, carga isquêmica ≥ 10% foi observada em 9% no G1 e em 0,3% do G3, e houve maior predomínio para qualquer carga isquêmica no G1 do que nos outros grupos (p=0,0008). Quando comparadas as que tinham ou não TE positivo, também não houve diferenças entre os grupos em relação à carga isquêmica (p=0,8300). O TE foi positivo em 5 (5,7%) pacientes do G2 e em 50 (16,3%) do G3. Nenhuma do G1 apresentou TE positivo (p=0,0162). Conclusão: A prevalência de isquemia nas mulheres foi baixa independentemente da CF, embora tenha havido uma relação inversa entre a carga isquêmica e CF ≥ 8 MET.

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