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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

TRATAMENTO HÍBRIDO PARA ESTENOSE MITRAL DE ETIOLOGIA REUMÁTICA E DOENÇA CORONARIANA MULTIARTERIAL

ARTHUR CICUPIRA RODRIGUES DE ASSIS, LETICIA NEVES CARVALHO, AFONSO DALMAZIO MARIO, GABRIELA SCOPEL, VINICIUS ORO POPP, GUSTAVO FITAS MANAIA, ELIZABETH DOS SANTOS, THIAGO LUIS SCUDELER, GUILHERME SOBREIRA SPINA, FLAVIO TARASOUTCHI
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: A estenose mitral (EMi) continua prevalente em nosso meio, devido ao alto número de casos de febre reumática. Com o aumento da expectativa de vida, está cada vez mais comum a associação de doença coronariana aterosclerótica à valvopatia anatomicamente importante, impondo desafios e requerendo novas táticas de abordagem e tratamento. Relato de caso: Paciente masculino, 65 anos, com EMi reumática importante, sintomática e doença coronariana crônica com padrão anatômico multiarterial (circunflexa "derradeira"), sem disfunção ventricular e com histórico de evento coronariano agudo com implante de stent em descendente anterior no seu terço proximal em 2002. Internado eletivamente para proposta inicial de cirurgia convencional para troca de válvula mitral e revascularização coronariana associada. Porém, após suspeita de trajeto anômalo de coronária direita sem reconhecimento da origem da circulação colateral e possível inviabilidade técnica de revascularização por leito distal ruim, especialmente da descendente anterior, foi optado por reavaliação da árvore coronariana  através de angiotomografia, que possibilitou melhor planejamento de revascularização, mas com previsão de maior duração em circulação extra-corpórea (CEC) principalmente se associada à troca valvar. Por este motivo foi optado pela  valvuloplastia mitral por cateter-balão, já que o Escore de Wilkins era igual a 9 - aparato subvalvar e calcificação iguais a 2) dez dias antes da revascularização cirúrgica, com posterior revascularização miocárdica cirúrgica sem CEC. Ambos os procedimentos foram bem sucedidos e realizados sem intercorrências, com boa evolução do paciente até a alta hospitalar. Discussão: A associação de modalidades de tratamento hemodinâmico e cirúrgico é cada vez mais comum - no caso de valvopatias mais frequentemente relacionada ao uso da intervenção coronariana percutânea previamente à cirurgia valvar convencional; com relação ao caso apresentado, foi optado por tratamento híbrido pouco usual: o tratamento percutâneo valvar previamente à revascularização cirúrgica. É consensual a escolha de tratamento para EMi reumática a valvuloplastia por cateter-balão quando há anatomia favorável. Algumas vantagens da abordagem híbrida é a redução do tempo de CEC, tempo cirúrgico e menor incidência de infecções. Conclusão: O tratamento híbrido, com o tratamento percutâneo para a valvopatia previamente à cirurgia convencional pode se tornar uma boa opção em casos selecionados.

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