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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Ocorrência e persistência tardia de ritmo idioventricular acelerado após angioplastia coronária em paciente com infarto prévio: um relato de caso

Ana Vitória Vitoreti Martins, Francisco Darrieux, João Henrique Clasen, Alexandra Régia Dantas Brígido, Deborah de Sá Pereira Belfort , Gabriel Leiros Romano
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

 

Introdução

A presença do ritmo idioventricular acelerado ( RIVA) ocorre frequentemente na fase aguda do IAM ( principalmente nas primeiras 48 horas) e se associa com infarto anterior e inferior. Em geral é de caráter benigno podendo ocorrer nas primeiras horas após intervenção coronariana percutânea. É incomum a ocorrência de RIVA após os períodos citados acima, e quando ocorre é necessário excluir causas potencialmente reversíveis como intoxicação digitálica, hipocalcemia ou hipomagnesemia.O principal mecanismo eletrofisiológico envolvido neste tipo de ritmo é um automatismo anormal que depende do cálcio, que interfere na fase 4 do potencial de ação.Não há na literatura evidência de pior prognóstico associado ao quadro de RIVA no contexto agudo, não sendo indicado tratamento para os quadros assintomáticos. Em relação ao quadro de recorrêcia/manutenção do ritmo de RIVA não se sabe a implicação prognóstica a longo prazo.

 

Métodos

Nós reportamos o caso de um homem de 45 anos hipertenso e tabagista,encaminhado após episódio de IAM. O eletrocardiograma (ECG) de consulta demonstrou ritmo sinusal, área elétrica inativa e alteração de repolarização em parede inferior (ECG 1).

 

 ECG 1

Na ocasião do infarto não realizou estratificação invasiva e foi submetido em nosso serviço, de forma eletiva ,ao estudo angiográfico e posterior angioplastia com implante de stent convencional em artéria descendente anterior e primeira marginal oito meses após infarto. O eletrocardiograma (ECG) realizado imediatamente após a realização da angioplastia evidenciava  ritmo de RIVA  ( ECG 2) .

 ECG 2

 

Resultados

O paciente manteve após abordagem percutânea mesmo padrão de ECG com evidência de RIVA após 3 meses do seguimento (ECG 3). Foram excluídos distúrbios hidroeletrolíticos ou uso de drogas que justificassem as alterações eletrocardiográficas encontradas. Se manteve totalmente assintomático do ponto de vista cardiovascular ( sem angina ou dispneia) desde a realização do procedimento, sem necessidade de tratamento  específico.

 ECG 3

 

Conclusões

 O caso deste paciente chama atenção pelo fato do mesmo ter ECG após IAM em ritmo sinusal, porém, após abertura tardia de artérias coronárias por intervenção percutânea, houve ocorrência de RIVA, porém com padrão persistente que se mantém até o seguimento clínico atual, sendo esta uma situação incomum. O paciente continua em seguimento clínico e assintomático .

 

 

 

 

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