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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Formação trombótica extensa acometendo átrios e mediastino posterior em paciente com estenose mitral reumática – um relato de caso

Ana Vitória Vitoreti Martins, Flavio Tarasoutchi, Antônio de Santis, Alexandra Régia Dantas Brígido, Deborah de Sá Pereira Belfort , Gabriel Leiros Romano
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

 

 

INTRODUÇÃO 

 

Pacientes com estenose mitral apresentam risco aumentado de formação de trombos em qualquer região de átrio esquerdo (AE), mesmo quando em ritmo sinusal. Os trombos podem ocorrer em qualquer local , apesar de serem mais frequentes no apêndice atrial esquerdo.  A despeito da formação comum de trombos em AE, não há registros na literatura de trombos em átrio direito (AD) ou mediastino nestes pacientes. 

 

MÉTODOS 

Reportamos o caso de uma mulher de 52 anos que apresentava doença reumática com acometimento mitral (estenose) com história de 2 trocas de valva mitral prévias com implante de prótese biológica em ambas ( a primeira há 19 anos e a segunda há 9 anos).Evoluiu com quadro de disfunção de prótese devido a estenose mitral importante com indicação de nova cirurgia. Durante avaliação pré operatória ambulatorial , foi evidenciado na angiotomografia de coronárias imagem hipoatenuante atapetando a parede do átrio esquerdo com extensão para átrio direito e mediastino posterior sugestivo de processo infiltrativo. A paciente não realizava anticoagulação previamente, pois até a realização do exame não possuía indicação para tal. Realizado internação para anticoagulação e melhor investigação do quadro. A angiotomografia pulmonar era negativa para tromboembolismo pulmonar, mas evidenciava imagem ovalada no ápice do ventrículo direito (VD), medindo 1,2 cm, compatível com trombo.A ressonância cardíaca evidenciava trombo intracavitário atapetando AE (45 x 12mm) e  ventrículo direito medindo (12 x 6mm).  

 

Imagem 1  

 

 

  Imagem 2

 

  

Imagem 3  

 

 

  Imagem 4 

 

 RESULTADOS 

 

Paciente foi submetida a cirurgia de troca valvar 03 semanas após admissão hospitalar e tratamento anticoagulante. O ecocardiograma do intra operatório evidenciava trombo atapetando todas as paredes do átrio esquerdo com componente móvel no apêndice atrial esquerdo . Não havia descrição de trombo em AD ou VD.Foi realizada nova troca de valva mitral com implante de nova prótese biológica e trombectomia de AE. Estudo anatomopatológico após cirurgia evidenciou que o material retirado do AE foi compatível com trombo vermelho.

 

CONCLUSÕES 

Os pacientes com estenose mitral de etiologia reumática apresentam maior risco de fenômenos trombóticos. É importante se atentar durante a realização de exames complementares quanto à presença de trombos que indiquem necessidade de anticoagulação terapêutica para esses pacientes, haja vista alto risco embólico. 

 

 

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