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Influencia da Apneia Obstrutiva do Sono em pacientes com Fibrilacao atrial

Elise Sant Ana Isaias, Larissa Neto Espindola, Beatriz Sant Ana Isaias Rodrigues, Luis Henrique Cruz de Souza Carvalho, Christian Martins Macedo, Louise Mancuzo Duarte Ferreira, Laiza Medeiros dos Anjos, Danielle Pepe de Almeida, Isaac Limeira Paxini Machado, Gabriela Franciulli D Elia
CIRCC - Rio de Janeiro - RJ - Brasil

INTRODUÇÃO: A Apnéia Obstrutiva do Sono (AOS) é a anormalidade respiratória clinicamente significativa mais comum durante o sono e é altamente prevalente em pacientes portadores de Fibrilação Atrial (FA), podendo estimular a arritmogênese e dificultar o tratamento clínico. Sua prevalência é de 3% a 49% na população em geral, atingindo 21% a 74% da população portadora de FA. A recorrência de AOS a longo prazo pode estar associada a remodelação estrutural e alterações de condução elétrica no átrio, o que a torna uma facilitadora das arritmias atriais, embora haja mecanismos multifatoriais.

RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino, 58 anos, procura atendimento ambulatorial para avaliação para atividade física. Previamente hipertenso, diabético, dislipidêmico, obeso grau I e com episódios esporádicos de palpitações. Holter evidencia instabilidade elétrica atrial de alta incidência, Flutter e Fibrilação Atrial não sustentada e sustentada. Iniciados Rivaroxabana e Metoprolol. Devido à forte relação entre AOS, FA Paroxística e obesidade, solicitada polissonografia que evidenciou um índice de apnéia e hipopnéia (IAH) = 63,19/h. Esse IAH foi reduzindo para 6,4/h com uso ventilação não invasiva com pressão positiva contínua das vias aéreas (CPAP). Devido à persistência da FA, paciente foi encaminhado para Ablação, sendo submetido a isolamento elétrico das veias pulmonares com sucesso e bloqueio istmal direito bidirecional, sem indução de arritmias.

 

DISCUSSÃO: O diagnóstico e tratamento da AOS com FA necessita de esforços conjuntos de eletrofisiologistas, cardiologistas e especialistas do sono, uma vez que, a despeito da elevada prevalência de AOS em pacientes com FA, na prática clínica, o subdiagnóstico e o consequente subtratamento são frequentes. Não podemos esquecer que estudos mostraram que o tratamento da AOS por pressão positiva pode ajudar a manter o ritmo sinusal após cardioversão. Vale lembrar que A AOS está fortemente associada à obesidade e há uma relação

direta entre IMC e o IAH. Além disso, evidências apontam que até 60% dos pacientes portadores de AOS apresentam algum tipo de arritmia cardíaca. Portanto, é de suma importância a investigação da respectiva associação, uma vez que quando diagnosticado, a intervenção terapêutica com pressão positiva em vias aéreas (CPAP), além de reduzir o IAH, melhorando a qualidade de vida do paciente, atua colaborando para manutenção do ritmo sinusal após ablação por cateter.

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