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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Rede de Dor Torácica com Suporte de Telemedicina: Impacto na Terapia de Reperfusão e Desfechos Clínicos

Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva, Thiago Macedo, Tiago Frigini, Patricia Roveri, Antonio Claudio do Amaral Baruzzi, José Carlos Teixeira, Valter Furlan
HOSPITAL SAMARITANO PAULISTA - São Paulo - SP - BRASIL, Cardiologia Americas - São Paulo - São Paulo - Brasil

Introdução: O reconhecimento e o tratamento do infarto do miocárdio com elevação do segmento ST (IAMcEST) demandam rápida tomada de decisão. Diferentes formas de avaliação por um cardiologista em uma rede de telemedicina têm o potencial de melhorar o atendimento aos pacientes incluídos em um protocolo torácica.

Objetivo: Comparar o uso da estratégia farmacoinvasiva e os desfechos clínicos (insuficiência cardíaca e mortalidade) entre pacientes com IAMcEST de acordo com o nível de suporte da telemedicina em uma rede hospitalar privada brasileira.

Métodos: Uma rede de dor torácica com apoio de um cardiologista por telemedicina foi implementada em 2012 em 22 hospitais e pronto-socorros. Inicialmente (fase 1), a decisão de discutir o caso com o cardiologista foi baseada no julgamento do médico de emergência. Em 2018, o uso da telemedicina foi modificado (fase 2) com cardiologistas dedicados 24h por dia, 7 dias na semana e que estavam disponíveis para discutir sistematicamente todos os casos incluídos no protocolo de dor torácica em todas as unidades da rede. A análise atual incluiu pacientes consecutivos admitidos com IAMcEST em unidades de emergência sem cardiologista e sem laboratório de hemodinâmica. O uso de fibrinolíticos e a taxa de insuficiência cardíaca e mortalidade hospitalar foram comparados em três períodos diferentes: 2011 (pré-telemedicina), 2013-2017 (fase 1) e 2018-1019 (fase 2 do programa de telemedicina).

Resultados: Foram incluídos 1.034 pacientes (113 pré-telemedicina; 645 fase 1; 276 fase 2) com IAMcEST na análise. Comparando as três fases, não foram encontradas diferenças quanto à idade, sexo e comorbidades. As alterações na terapia de reperfusão e os desfechos clínicos são relatados na tabela 1.

Conclusões: A implementação de um protocolo de dor torácica, incluindo suporte de telemedicina, foi associada a um aumento significativo no uso da estratégia fármaco-invasiva e a melhores resultados para pacientes com IAMcEST.

 

Antes da Telemed

(2011)

Fase 1 *

(2013-2018)

Fase 2

(2019)

Resultado geral da Telemedicina

(2013-2019)

Valor de P

Casos de IAMcEST/ano

113

129

276

153.5

-

Farmaco-Invasiva

38%

58.1%

85.1%

65.2%

<0.01

Taxa de mortalidade

8%

4.3%

3.3% 

4.2%

0.05

KILLIP ≥ 2

22.1%

14.5%

14.1%

14.3%

0.03

Fração de ejeção

49.6%

57.1%

53.4%

55.7%

<0.01

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