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Tratamento de aneurisma sacular gigante de arco aórtico após revascularização miocárdica cirúrgica: Desafio terapêutico

Lucas Trindade Cantu Ribeiro, Bruno Soares da Silva Rangel, Nádia Romanelli Quintanilha, Augusto Scalabrini Neto, Rafael Yuji Melo, Andrés Eduardo Larrovere Vasquez, Valmir de Freitas Costa, Anna Raphaela Lemos Martins, Ivna Girard Cunha Vieira Lima, Bruno Augusto Esteves
HOSPITAL SIRIO LIBANÊS - - - BRASIL

INTRODUÇÃO: O desenvolvimento de aneurisma de aorta ascendente e arco aórtico (AA) em pacientes previamente submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) é incomum, com raros casos descritos na literatura. Seu tratamento ainda permanece um grande desafio, devido ao alto risco cirúrgico perioperatório. Apresentamos o caso de um paciente submetido a CRM que desenvolveu aneurisma sacular gigante de AA, de onde se origina a artéria torácica interna esquerda (ATIE), enxerto para a artéria descendente anterior. RELATO DE CASO: Homem, 89 anos, com miocardiopatia isquêmica com fração de ejeção intermediária, CRM há 14 anos e doença renal crônica.  Apresenta-se em nosso serviço com dispneia há três meses, com piora nos últimos 15 dias. Realizada angiotomografia de aorta e coronárias, que evidenciou aneurisma sacular de AA proximal de 7,3 x 6,2 cm, entre a origem da artéria carótida esquerda e ATIE, esta última originando-se da porção aneurismática, além de lesões conorarianas obstrutivas em leito nativo e enxertos, sendo submetido a angioplastia. Após discussões com Heart Team (HT), optado por tratamento conservador do aneurisma devido ao alto risco perioperatório, além de dificuldades técnicas limitantes. Recebeu alta hospitalar após 10 dias de tratamento, assintomático. CONCLUSÃO: O tratamento de lesões complexas do AA baseia-se na abordagem cirúrgica convencional, na qual o arco é total ou parcialmente substituído. Especialmente em pacientes com CRM prévia, a nova abordagem em território aórtico confere alto risco de complicações devido a necessidade de re-esternotomia, circulação extracorpórea e proteção miocárdica. Com o advento de técnicas endovasculares, doenças que acometem todo o trajeto da aorta tornaram-se passíveis de correção através de técnica minimamente invasiva, como o tratamento híbrido através da técnica de debranching, com a criação de uma zona de ancoramento proximal que permite o posicionamento de endoprótese aórtica com ancoramento distal na porção descendente, com elevadas taxas de sucesso e baixos índices de morbidade e mortalidade, resultados promissores em comparação com a cirurgia convencional. No caso aqui relatado, devido as múltiplas comorbidades, alto risco cirúrgico e pela origem aneurismática do enxerto, optou-se pelo tratamento conservador do aneurisma gigante após extensa avaliação do HT, sendo proposto seguimento clínico rigoroso para avaliação dos sintomas e discussão futura de intervenção.

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