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Insuficiência Cardíaca, Dez anos de seguimento em grupo bem tratado

Pereira Barretto, AC, Del Carlo, CH, Melo, DSB, Scipioni, AR, Cardoso, JN, Souza, MBV, Oliveira Junior, MT
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

A Insuficiência Cardíaca é reconhecida como uma doença de mau prognóstico, sendo descrito mortalidade de 50% dos pacientes em 5 anos de seguimento. Avaliamos neste estudo a mortalidade em 10 anos dos pacientes que participaram do estudo FAST-Carvedilol. Os 92 pacientes do estudo foram seguidos e avaliamos se dar alta para os pacientes com tratamento otimizado influenciaria a evolução a longo prazo.

Métodos – Noventa e dois pacientes com IC avançada (NYHF IV) e FEVE <45% hospitalizados para compensação foram divididos em dois grupos e seguidos por 1 ano e neste trabalho por 10 anos. 46 pacientes foram alocados no grupo tratamento (FAST- Carvedilol) e tiveram a dose do carvedilol elevada a cada dois dias antes da alta e o grupo controle tiveram alta com a dose inicial. No estudo constatou-se ser seguro esta medida e no seguimento do primeiro ano observou-se que a sobrevida foi significantemente maior no grupo tratamento. Continuamos seguindo todos os pacientes até os dias de hoje. Avaliamos a sobrevida dos pacientes considerando o grupo a que pertenceram e de acordo com a dose de carvedilol que estavam recebendo na avaliação do primeiro ano. Na análise estatística foram utilizados os testes t de Student, Qui-quadrado. Foi considerado significante P < 0,05. Utilizamos o programa SPSS para análise.

Resultados- Com 5 anos de seguimento estavam vivos 37,5% e 52% respectivamente dos pacientes que estavam tomando 6,25 mg e 25 mg 2 x ao dia de carvedilol. Ao final de 10 anos sobreviveram 6 (6,5%), sendo destes 2 transplantados. Os pacientes tratados com dose de 12,5 ou 25 mg 2 x ao dia tiveram sobrevida maior em meses do que os com doses mais baixas (33,2 vs 20,3 meses).

Conclusões- A IC avançada, mesmo nos dias de hoje, continua sendo doença maligna com menos de 5% sobrevivendo 10 anos com o tratamento clínico otimizado. Doses iguais ou maiores que 50% da dose alvo prolongaram a sobrevida dos pacientes dessa população em mais de 1 ano.

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