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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Correlação entre nível de apoio social percebido e de autocuidado em pacientes com insuficiência cardíaca hospitalizados

Megiati HM, Grisante DL, D´Agostino F, Santos VB, Lopes CT
Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil, UniCamillus - Saint Camillus International University of Health and Medical Sciences - Roma - Roma - Itália

Introdução: No Brasil, há uma lacuna na literatura quanto à relação entre o apoio social e o autocuidado entre pacientes com insuficiência cardíaca (IC). Este conhecimento poderia determinar quais dimensões do apoio social são mais relacionados aos comportamentos de autocuidado, norteando abordagens terapêuticas mais preditivas e mais assertivas. Método: Estudo analítico transversal, conduzido de maio/2019 a fevereiro/2020 com 69 pacientes com IC crônica de um hospital universitário do Estado de São Paulo. O nível de apoio social percebido foi mensurado pela Medical Outcomes Study Social Support Scale (MOS-SSS); os escores de cada subdomínio variam de 1-5 e maiores escores indicam melhores níveis de apoio social percebido. O autocuidado foi medido pela Escala de Autocuidado em Insuficiência Cardíaca (EAC-IC). Essa escala avalia o autocuidado em três domínios: manutenção, gerenciamento e confiança do autocuidado. Escores≥70 indicam autocuidado adequado. Análise estatística: A relação entre o apoio social percebido e o autocuidado foi analisada pelo teste de correlação de Spearman no software STATISTICA, com p≤0,05 considerado significativo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa institucional (Protocolo 3.272.181). Financiamento FAPESP 2018/26448-1. Resultados: 69 pacientes foram incluídos, dos quais 46 (76,7%) eram homens, com idade média de 60,4±12,6 anos. A etiologia principal da IC foi a valvar (18; 26,1%), classe funcional III da NYHA (23; 33,3%) e perfil de compensação B (24; 34,8%). Os domínios material, afetivo, emocional-informacional e social da MOS-SSS receberam pontuações respectivas de 4,5±1,1; 4,6±0,9; 4,1±1,5 e 4,3±1,2. Na EAC-IC, os pacientes pontuaram em média 47,4±16,1 em manutenção; 52,3±18,2 em gerenciamento e 73,6±21,7 em confiança. Apenas os níveis de confiança no autocuidado se correlacionaram com os domínios do MOS-SSS: social (r=0,334, p<0,05), material (r=0,371, p p<0,05), afetivo (r=0,349, p<0,05) e emocional-informacional (r=0,253, p p<0,05). Conclusão: Apesar de a confiançano autocuidado estar adequada, a manutenção e o gerenciamento encontram-se inadequados. Esses dados indicam que é necessária uma avaliação mais aprofundada do apoio social pelos enfermeiros para planejar intervenções que melhorem a confiança no autocuidado, enquanto melhorias na manutenção e no gerenciamento do autocuidado parecem demandar manipulação de variáveis adicionais.

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