INTRODUÇÃO: a doença cardiovascular é a principal causa de mortalidade no mundo, e o teste ergométrico (TE) permanece como um dos principais métodos para diagnóstico e estratificação prognóstica. A capacidade funcional é considerada um dos mais importantes fatores prognósticos avaliados. O objetivo deste trabalho foi verificar se, em pacientes que realizaram TE associado à cintilografia de perfusão miocárdica (CPM), houve associação entre a capacidade funcional e a carga isquêmica miocárdica.
METODOLOGIA: foi realizada análise transversal, multicêntrica, e incluídos no total 1293 pacientes, que foram divididos conforme sua capacidade de exercício (<7, ≥7 e <10 e ≥10 equivalentes metabólicos - MET), sendo então comparados entre si os resultados do TE e da CPM.
RESULTADOS: dos 1293 pacientes avaliados, 850 (65,7%) atingiram ao menos 10 MET, 373 (28,8%) atingiram entre 7 e 10 MET, e 70 (5,4%) não atingiram 7 MET. A prevalência de carga isquêmica ≥10% entre os pacientes que alcançaram <7 MET, ≥7 e <10 MET e ≥10 MET foi de 11,5%, 3,2% e 1,3%, respectivamente. Não houve diferença significativa entre a fração de ejeção do ventrículo esquerdo ou alterações eletrocardiográficas durante o esforço de acordo com a capacidade de exercício.
CONCLUSÃO: este estudo sugere associação inversamente proporcional entre a capacidade funcional e a carga isquêmica do miocárdio avaliada pela CPM.