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PAPEL DA ISQUEMIA MIOCÁRDICA NO PROGNÓSTICO DA DOENÇA CORONARIANA ESTÁVEL: ESTUDO DE PACIENTES COM E SEM DIABETES. ANÁLISE DE LONGO PRAZO DO REGISTRO MASS.

Felipe Pereira Camara de Carvalho, Whady Hueb, Eduardo Lima, Cibele Garzillo, Matheus Ribeiro, Eduardo Martins, Paulo Rezende, Carlos Serrano Junior, Jose Ramires, Roberto Kalil Filho
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: A relação entre isquemia miocárdica e eventos coronarianos tem sido motivo de intenso debate e investigação. O diabetes mellitus (DM) parece adicionar gravidade na isquemia com risco de pior prognóstico em longo prazo. Assim, estudos direcionados a esses vetores são necessários.

Objetivo: Avaliar se a isquemia miocárdica adiciona maior risco no prognóstico da doença arterial coronariana (DAC) e se o diabetes acrescenta riscos à isquemia.

Métodos: Trata-se de pacientes portadores de DAC incluídos no registro MASS, submetidos previamente à terapêutica clínica, cirúrgica ou percutânea. O diagnóstico de isquemia miocárdica e DM foram realizados conforme as diretrizes vigentes. O desfecho primário foi definido com a composição de morte por qualquer causa ou infarto agudo do miocárdio (IAM) não fatal. O desfecho secundário foi a avaliação isolada de mortalidade.

Resultados: De 2002 a 2010 incluímos 1915 pacientes portadores de DAC multiarterial. Destes, 1001 apresentavam-se com testes de esforço conclusivos na admissão do registro. 790 (79%) apresentaram presença de isquemia e 211 (21%) ausência de isquemia. O tempo mediano de seguimento foi de 8,7 anos (IQR 4,04 a 10,07). O desfecho primário ocorreu em 228 (28,9%) pacientes com presença de isquemia e 64 (30,3%) sem isquemia (p=0,60). Pacientes sem isquêmica, com ou sem DM, a ocorrência de eventos foi semelhante (p=0,96 e p=0,60 respectivamente). Por outro lado, pacientes com isquemia e DM a ocorrência de eventos combinados foi 145 (35,6%) e sem DM foi em 83 pacientes (21,7%) (prank=0,01) (HR:1,39; 95% IC 1,06-1,83; p=0,01). Ao analisar somente a mortalidade, observamos ocorrência em 117 pacientes (28,7%) diabéticos e 65 (17%) em não diabéticos, (prank=0,01) (HR:1,49; 95% IC: 1,1-2,03; p=0,01). Não foi observada interação dos tratamentos com a presença de isquemia miocárdica ou DM na ocorrência do desfecho primário combinado (pint=0,14 e pint=0,55).

Conclusão: A isquemia miocárdica não adicionou pior prognóstico quando comparado aos não isquêmicos.  Todavia, na presença do diabetes, a isquemia miocárdica foi relacionada à maior taxa de eventos cardiovasculares.

 

 

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