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Cintilografia miocárdica de perfusão em hamsters: Comparação de diferentes protocolos de estresse farmacológico cardíaco com dobutamina

Tanaka, DM., Delarisse, ML., Fabricio, CG., Oliveira, LFL., Mejia, J., Fazan-Junior, R., Salgado, HC., Silva, CAA., Schmidt, A, Simões, MV
FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - Ribeirão Preto - SP - Brasil

Introdução: A obtenção de imagens cintilográficas de perfusão (CMP) sob estresse e repouso é uma ferramenta útil para investigação em modelos experimentais de cardiopatia in vivo. Objetivo: Comparar 2 protocolos de infusão de dobutamina (DOB) como estratégias de estresse farmacológico cardíaco para aquisição de imagens de CMP em hamsters saudáveis. Métodos: Foram utilizadas hamsters fêmeas de 12 semanas de idade, submetidos à CMP em repouso e, após uma semana, à canulação carotídea e jugular sob anestesia para obtenção de registros contínuos da resposta da PA e da FC e infusão da DOB, respectivamente. Um grupo de animais (DC; n=6) recebeu infusão endovenosa contínua de DOB em doses crescentes, variando de 2,5 ug/Kg/min à 17,5 ug/Kg/min, com incremento da dose a cada 3 minutos. Um segundo grupo (DU; n=3), recebeu uma dose única endovenosa de 12,5 ug/Kg/min por 1 minuto. Em ambos os grupos, ao final do período de infusão, foi injetado 555 mBq de Sestamibi-Tc99m para aquisição das imagens de CMP sob estresse, obtidas após 90 minutos da injeção do radiofármaco. A porcentagem da área de defeitos de perfusão foi baseada na construção de mapas polares. Para investigar a efetividade do protocolo DU em promover defeitos perfusionais reversíveis (DPR) foram utilizados 23 hamsters cronicamente infectados com T cruzi e 10 animais controles. Resultados: Em ambos os grupos, foi observado aumento significativo do duplo produto quando comparado ao basal, DC: 20226,3±8368,4 mmHg.BPM vs 37552,2±4413,2 mmHg.BPM, p<0.01 e DU: 13667,7±4141,6 mmHg.BPM vs 29492,3±5871,3 mmHg.BPM, p=0.007. No entanto, as imagens de CMP revelaram dilatação da cavidade ventricular esquerda e defeitos perfusionais reversíveis somente nos animais do grupo DC, indicando efeitos cardiotóxicos desse protocolo.  O emprego do protocolo de dose única nos animais infectados com T cruzi foi efetivo em promover defeitos perfusionais reversíveis em 9 animais (39%) e não gerou defeitos perfusionais nos animais controles.  Conclusão: Nossos resultados sugerem que a infusão prolongada de DOB está associada a alterações perfusionais e dilatação do ventrículo esquerdo, não sendo adequada para teste de estresse farmacológico nesse modelo. A infusão em dose única foi efetiva em produzir aumento do duplo produto em animais controles sem levar a lesão miocárdica e foi capaz de induzir defeitos perfusionais reversíveis em significativa proporção de animais cronicamente infectados pelo T cruzi, em taxas dentro do que se tem descrito nos estudos conduzidos no cenário clínico.

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