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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

RELAÇÃO ENTRE A QUALIDADE DO SONO E A MODULAÇÃO AUTONÔMICA EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

Sabrina Antonio de Souza, Camila da S. Brinques, Guilherme D. Back, Gabriela F. Ramos, Douglas A. W. Martins, Cassia L. Goulart, Tania C. M. Fleig, Audrey Borghi-Silva, Renata Trimer, Andréa L. G. da Silva
Universidade de Santa Cruz do Sul - Santa Cruz do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil

Introdução: Durante o sono ocorre a interação de diferentes fatores como controle respiratório e muscular das vias aéreas superiores, que podem refletir na acentuação dos distúrbios de trocas gasosas em indivíduos com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Alterações na fisiologia do sono podem resultar em modificações na variabilidade da frequência cardíaca (VFC), onde a banda de alta frequência (AF) corresponde à modulação respiratória do nervo vago sobre o coração e a baixa frequência (BF) é decorrente da ação conjunta dos componentes parassimpático e simpático sobre o coração, mas com predomínio do simpático. Objetivo: Analisar a influência da qualidade do sono (QS) sobre a VFC de pacientes DPOC. Métodos: Estudo transversal, amostragem de conveniência com 23 pacientes DPOC. A QS foi avaliada pelo questionário de Pittsburgh e classificada em boa (QS entre 0 e 4 pontos) ou ruim (QS entre 5 e 10 pontos). O cardiofrequencímetro (Polar® S810i) foi usado para obtenção dos sinais de frequência cardíaca (FC) nas posições supino, ortostase e sedestação durante 10 minutos. Os dados da VFC foram analisados no software Kubios® (versão 2.2) no domínio da frequência: AF e BF em unidades normalizadas (nu) e a razão BF/AF. Os dados foram analisados no SPSS versão 23.0 e expressos em média e desvio padrão, sendo utilizado o teste de Mann Whitney e ANOVA com post teste de Tukey. Resultados: Dos pacientes avaliados, 15 (65%) eram pacientes com estadiamento entre moderado a muito grave [sexo masculino (n=12; 80%); idade média 68,0±10,0 anos] possuíam boa QS e 08 (35%) pacientes com estadiamento entre moderado a grave [sexo masculino (n=5; 63%); idade média 62,6±6,3 anos] possuíam QS ruim. Nenhuma diferença significativa foi encontrada entre os grupos QS para os índices BF, AF e a relação BF/AF nas diferentes posições (p>0,05). Na análise intra grupo, o grupo com QS boa apresentou um aumento dos valores da razão BF/AF da passagem de posição supino para sedestação (1,4±1,0 vs 2,1±1,8, p<0,001) e de ortostase para sedestação (2,7±2,8 vs 2,1±1,8,  p<0,001); enquanto o grupo QS ruim apresentou um aumento da razão BF/AF de supino para sedestação (3,9±4,0 vs 4,9±5,3, p<0,001) e uma redução da razão BF/AF na passagem da posição supino para ortostase (3,9±4,0 vs 3,4±2,1, p<0,001).Conclusão: Pacientes DPOC com QS ruim apresentam uma resposta atenuada do balanço simpato-vagal nas trocas de posição supino para ortostase. Os pacientes com QS boa apresentam resposta adequada da razão BF/AF durantes as trocas de posição.

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