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ANEURISMA GIGANTE DE VENTRÍCULO ESQUERDO: RELATO DE CASO

Vitor Rodrigues Dutra, Jun Porto, João Vitor Tiveron Teodoro, Kellen Cristiny Gonçalves de Oliveira, Isabela Alves Ferreira Souto, Mateus Fernandes Alves dos Reis, Fabio Rodrigues de Oliveira, Gabriela Lucas Cardoso, Amarildo Batalha de Almeida, Fernando De Martino
HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO (UFTM) - Uberaba - MG - Brasil

INTRODUÇÃO: O aneurisma de ventrículo esquerdo (VE) representa uma área de acinesia ou discinesia da parede do VE que leva à redução da fração de ejeção (FE) do VE. 95% dos aneurismas de VE resultam de Infarto Agudo do Miocárdio secundário à Doença Arterial Coronária (DAC). Em torno de 70 a 85% dos aneurismas em parede anterior ou apical resultam de oclusão da artéria descendente anterior (ADA). Podem também ser decorrentes de Doença de Chagas, trauma, sarcoidose ou anomalia congênita. A presença de aneurisma de VE pode se apresentar clinicamente de forma assintomática. No entanto, manifestações clínicas mais graves podem ocorrer, tais como taquicardia ventricular (TV) sustentada, insuficiência cardíaca e embolia arterial. RELATO DO CASO: Paciente feminina, 86 anos, hipertensa, portadora de miocardiopatia chagásica. Admitida em unidade de pronto atendimento no dia 18/10/2019, com queixa de dispneia, dor torácica anginosa e taquicardia, sendo evidenciada TV com instabilidade hemodinâmica e realizada cardioversão elétrica sincronizada, com retorno ao ritmo sinusal. Foi encaminhada a um hospital terciário, onde apresentou novos episódios de TV sustentada com reversão química para ritmo sinusal. O ecocardiograma realizado no dia 29/10/2019 evidenciou FEVE de 26% e importante aneurisma do VE (90x70mm) com discinesia do ápice e segmento apical em paredes anterior, septal e inferior. A paciente foi encaminhada a outro hospital terciário para realização de cineangiocoronariografia em 08/11/2019, que revelou ADA ocluída em terço médio e aneurisma anteroapical. O caso foi discutido com a equipe de arritmologia, que atribuiu o foco arritmogênico ao aneurisma de VE. Dessa forma, a paciente foi submetida em 12/11/2019 à cirurgia de aneurismectomia de VE e endoaneurismorrafia com pericárdio bovino. Evoluiu com insuficiência renal aguda, pneumonia nosocomial e choque séptico, indo a óbito em 22/11/2019. DISCUSSÃO: Angina e dispneia são dois sintomas frequentes em mais de um terço dos casos de aneurisma de VE, além de arritmias ventriculares complexas, quadro este condizente com o presente relato. A presença de cardiopatia chagásica associada a DAC, com obstrução de ADA, são fatores que podem ter contribuído para o surgimento deste aneurisma. Achados de ventriculografia condizem com a literatura, já que há uma área grande e distinta de discinesia da parede de VE. A indicação de aneurismectomia de VE, neste caso, justifica-se pela ocorrência de taquiarritmia complexa com risco de vida, insuficiência cardíaca refratária e angina recorrente.

 

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