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INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: ADESÃO ÀS DIRETRIZES INTERNACIONAIS E PERFIL CLÍNICO DE PACIENTES HOSPITALIZADOS EM UM HOSPITAL PRIVADO DA CIDADE DE SÃO PAULO

Michel Vieira Menezes, Mayara Barbedo Rossini, Laura Lopes Nogueira Pinto, Carla Bernardes Ledo, Livia Maria Gonçalves Barbosa, Debora Cecilia Mantovani Faustino de Carvalho
HOSPITAL SIRIO LIBANÊS - - - BRASIL

INTRODUÇÃO

            A terapia medicamentosa da insuficiência cardíaca preconizada pela literatura científica nem sempre é aplicável, uma vez que na prática clínica os pacientes podem diferir da população estudada nos ensaios clínicos.

            Desta forma, este trabalho tem por objetivo avaliar a correspondência das prescrições de alta com as diretrizes vigentes para a terapia medicamentosa da insuficiência cardíaca.

MÉTODOS

A coleta dos dados foi realizada após o estudo ser aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa, e os indivíduos assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido. O projeto foi aprovado pela Plataforma Brasil, sob número CAAE 22164819.1.0000.5461.

As prescrições foram analisadas pelo pesquisador, a fim de avaliar a compatibilidade da terapia prescrita com a preconizada em diretrizes internacionais para o tratamento da insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida.

RESULTADOS

Os pacientes possuem média de idade de 74 anos e são predominantemente do sexo masculino. A maioria dos pacientes foi classificada nas classes funcionais II e III, de acordo com a classificação da New York Heart Association. Doenças coronarianas isquêmicas foram a causa da disfunção cardíaca na maior parte dos pacientes do estudo. O diagnóstico de insuficiência cardíaca já era conhecido pela maior parte dos pacientes há pelo menos um ano.

            Mais de 60% dos pacientes receberam alta hospitalar com um diurético de alça na prescrição médica. Antagonistas de aldosterona foram prescritos para aproximadamente 45% dos pacientes. A combinação de um inibidor do sistema renina-angiotensina e um β-bloqueador foi prescrita para 32% dos pacientes. A combinação de um inibidor do sistema renina-angiotensina, um β-bloqueador e um antagonista de aldosterona foi prescrita para 27% dos pacientes.

            Em comparação com os pacientes que receberam o diagnóstico no mesmo ano da coleta de dados, pacientes diagnosticados há pelo menos um ano receberam prescrições de diuréticos de alça com maior frequência (60% vs. 50%, respectivamente), quantidades equiparáveis de prescrições de β-bloqueadores (68% vs. 67%), menor percentual de prescrições de inibidores do sistema renina-angiotensina e de antagonistas de aldosterona (43% vs. 50%).

CONCLUSÕES

Os dados obtidos neste trabalho demonstram um baixo uso das doses alvo preconizadas nas diretrizes. A compreensão clínica sobre a tolerância dos pacientes ao uso da terapia medicamentosa com as doses alvo descritas na literatura tem grande fator subjetivo.

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