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“TEORIA DO CAOS” NA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA FRENTE A UM TESTE FUNCIONAL EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

Camila da Silva Brinques, Sabrina Antonio de Souza, Guilherme D. Back, Gabriela F. Ramos, Douglas A. W. Martins, Cassia da Luz Goulart, Tania C. M. Fleig, Audrey Borghi-Silva, Renata Trimer, Andréa Lúcia Gonçalves da Silva
Universidade de Santa Cruz do Sul - Santa Cruz do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil

Introdução: Pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica apresentam alterações no sistema nervoso autônomico decorrentes dos mecanismos de broncoconstrição, hipoxemia, hipercapnia e inflamação. A variabilidade da frequência cardíaca, ferramenta de avaliação da função do sistema nervoso autonômico, analisa a variação entre os intervalos das ondas RR da frequência cardíaca (FC). Os índices Alpha1 (α1) e do Alpha2 (α2), avaliam a propriedade fractal da série temporal destes, indicando flutuações de curto e longo prazo de tempo. Objetivo: avaliar a resposta da variabilidade da frequência cardíaca pela análise não linear frente ao teste do degrau de 6 minutos (TD6m) em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Métodos: Estudo transversal, amostragem de conveniência, incluiu pacientes com doença pulmonar sem arritmia cardíaca. A FC foi registrada com cardiofrequencímetro (Polar® S810i) em sedestação durante o repouso (rep=5 minutos) e recuperação (rec=5 minutos pós-teste) pós teste. Os dados foram analisados no software Kubios® (versão 2.2). Para determinar a retomada vagal foi calculado o delta de variação entre a FC de pico e recuperação (FCRec =  FC de pico - FC recuperada no primeiro minuto pós teste). No TD6m utilizou-se um degrau de 20cm de altura, sobre um tapete de borracha antiderrapante, onde os pacientes foram orientados a descer e subir o maior número de degraus durante 6 minutos, com cadência livre. Os resultados foram analisados no SPSS versão 23.0, considerando significativo p≤0,05. Resultados: Foram avaliados 11 pacientes com estadiamento entre moderado a muito grave da doença [sexo masculino (n=9; 81,8%); idade média 67,9±7,3 anos]. O número de subidas no TD6m foi de 80,2±19,6. Não foram encontradas diferenças entre repouso e recuperação para α1 (rep=0,9±0,2 vs rec=1,0±0,2, p=0,117) e α2 (rep=0,6±0,1 vs rec=0,5±0,1, p=0,199). Identificamos diferenças na FC do repouso para o pico do TD6m (rep=78,9±10,5 vs pico=109,0±13,9 bpm, p<0,001) e do repouso para recuperação do teste (rep=78,9±10,5 vs 95,0±15,2 bpm, p=0,022). A média do FCRec foi 14,0±7,3 bpm, sendo 6 (54,5%) pacientes classificados como retomada vagal inadequada. Encontradas correlações positivas entre número de subidas no TD6m e o α1 do repouso (r=0,815, p=0,002). Conclusão: Na análise dos índices α1 e α2, os pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica demonstraram parâmetros de normalidade tanto no repouso quanto na recuperação do TD6m. O índice α1 mostrou-se sensível as variações da FC pela sua forte correlação com o número de degraus subidos no TD6m.

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