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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Efeito do treinamento aeróbio sobre a funcionalidade do HDL em mulheres com câncer de mama em tratamento hormonal

Andréa Dias Reis, Êmili Amice da Costa Barros, Pedro Gabriel Senger Braga, Fatima Rodrigues Freitas, Raul Cavalcante Maranhão, Ismael Forte Freitas Júnior
Unesp - Presidente Prudente - São Paulo - Brasil, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: O tratamento hormonal para o câncer mama (THCM) é utilizado para diminuir a probabilidade de recidiva do tumor, entretanto há efeitos adversos, como: alterações no metabolismo lipídico e na composição corporal. Por outro lado, a prática de exercícios físicos promove a diminuição de comorbidades associada ao câncer e seus tratamentos, justificada pela diminuição dos triglicérides, aumento do colesterol da lipoproteína de alta densidade (HDL-C) e melhora da função anti-aterogência dessa lipoproteina. Embora estudos prévios demonstraram efeitos benéficos do exercício físico na transferência lipídica (TL) para HDL, importante processo do transporte reverso do colesterol, esse efeito em pacientes com THCM tem sido pouco explorado. O objetivo desse trabalho é investigar em pacientes no THCM, o efeito do treinamento aeróbico (TA) sobre o perfil lipídico e na transferência de colesterol para a HDL. Métodos: Quatorze mulheres com câncer de mama (57±8 anos) em tratamento com Tamoxifeno ou Inibidor de Aromatase, realizaram TA progressivo (3 sessões semanais; 30 a 50 min por sessão; 50 a 90% da frequência cardíaca máxima) por 24 semanas. Antes e após o treinamento aeróbio foram avaliadas a resistência aeróbia pelo teste de Naughton Modificado e a TL para HDL. O ensaio in vitro de TL foi realizado incubando o plasma das pacientes com uma nanopartícula artificial utilizada como doadora de colesterol esterificado e não-esterificado, marcados radioativamente. A transferência de colesterol foi medida na fração HDL, após precipitação química das lipoproteínas contendo apolipoproteina B e a nanopartícula. Os dados foram analisados com teste T-Student Pareado e Wilcoxon, α=5% no SPSS 25. Este estudo foi aprovado no Comitê de Ética. Resultados: O TA aumentou a resistência aeróbia dessas pacientes (p=0,003). Entretanto não alterou glicose, insulina, triglicérides, lipoproteína de baixa densidade (LDL-C), não-HDL-C e HDL-C. Por outro lado, as transferências de colesterol esterificado e não esterificado foram diminuídas após o TA (p=0,013; p=0,006, respectivamente). Conclusões: Mulheres com THCM, o TA aumentou a resistência aeróbia e não permitiu que ocorressem alterações do perfil lipídico, glicemia e insulina, causadas pela hormonioterapia. Entretanto, o TA não foi capaz de reverter os efeitos deletérios da exposição à THCM sobre a transferência de colesterol, aspecto desfavorável na função anti-aterogênica da HDL. 

 

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