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Manejo de mediastinite pós esternotomia em cirurgia cardíaca: Relato de caso de uma abordagem da enfermagem como protagonista no tratamento da ferida e na articulação do cuidado multiprofissional

Rafaelly Stavale, Rita Simone Lopes Moreira
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil

Introdução:A Mediastinite Associada à Osteomielite de Esterno (MAOE), é uma  complicação em cirurgia cardíaca grave, multifatorial e de difícil manejo. É definida como infecção de órgãos e tecidos do espaço mediastinal podendo ser superficial ou profunda. Apesar da baixa incidência, de 0.4% a 5% pós cirurgia torácica, quando ocorre, pode aumentar em até 47% a mortalidade elevando os custos de saúde e aumentado tempo de internação. O presente estudo retrata o sucesso de intervenções de enfermagem utilizando tecnologias acessíveis no manejo de feridas por MAOE e importância da Enfermeira como protagonista para vincular diferentes profissões na busca do melhor tratamento para o usuário do serviço.Métodos: Trata-se de um relato de caso, com intervenção, de cliente admitida no serviço para controle de infecção crônica em esterno, pós esternotomia em cirurgia cardíaca. Foram realizadas avaliações a cada 12horas do processo de cicatrização e quanto a satisfação ao tratamento. Utilizou-se a técnica estéril em todos os procedimentos. Materias: solução fisiológica 0,9%, esponja cirúrgica embebida em clorexidine degermante para limpeza da lesão. Coberturas primárias: carvão ativado, papaína a 2% ou a 10%. Utilizou-se sutiã cirúrgico para aproximação mecânica de bordas da ferida. A avaliação da satisfação com o tratamento foi feita por meio de auto relato. Foram realizados discussões com a equipe de nutricionistas e fisioterapeutas afim de propor medidas que favorecessem o processo de cicatrização.Resultados: Em 2019, foi admitida no serviço mulher, idosa, portadora de múltiplas comorbidades, com suspeita de MAOE pós esternotomia por cirurgia cardíaca prévia, para limpeza de ferida esternal. Foi proposto,pela equipe medica, curativo por pressão negativa. A usuária relatava insatisfação com o tratamento por estar com odor fétido, permanecer acamada e estava constantemente hiperglicêmica. A ferida por MAEO era extremamente secretiva, de odor fétido, dimensões 13cmx10cmx5cm, área de 408,2 cm2. Após discussão multiprofisisonal, a Enfermeira assumiu os cuidados com a ferida. Em 30 dias de tratamento houve uma redução de área da lesão em 85% (Fig.1),controle da glicemia, adesão às atividades com a fisioterapia e às recomendações da nutricionista.Conclusão:O plano terapêutico multiprofisisonal associado ao uso de tecnologias de baixo custo tem efeito satisfatório na cicatrização de ferida extensa por mediastinite minimizando a necessidade de intervençõescirúrgicas para preenchimento da cavidade mediastinal com retalho. É preciso desenvolver mais pesquisas no tema.

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